Receita Federal faz mais uma apreensão de skunk nos Correios na Grande Belém
Tanto a Receita quanto a Polícia Federal têm feito várias apreensões de skunk chegando à Grande Belém e é a quarta que ocorre numa agência dos Correios

A Receita Federal apreendeu, nesta sexta-feira (17), cerca de 6 quilos de skunk no Centro de Distribuição dos Correios, em Ananindeua. A droga é importada, com selos de origem e "garantia de qualidade", proveniente de Florianópolis (SC) para a Grande Belém. O produto tem alto valor no mercado ilegal e foi localizado por um cão farejador. Essa é a quarta apreensão de "supermaconha" numa agência dos Correios na Grande Belém neste ano.
Agora, o skunk apreendido pela Receita Federal será encaminhado para perícia e investigação pela Polícia Federal, para identificar quem enviou e quem seria o destinatário da carga, que pode custar mais de R$ 10 mil.
No dia 6 de março, no Centro de Distribuição dos Correios, em Belém, foram apreendidos 5 kg de skunk. A droga veio de Florianópolis (SC). E ainda, outras apreensões de "supermaconha" foram feitas no dia 4 de março e no dia 31 de janeiro.
VEJA MAIS
'Supermaconha' é mais cara
Cada 100 gramas de skunk custam cerca de R$ 1 mil, como aponta a Divisão Estadual de Narcóticos do Pará (Denarc). Porém, esse produto "importado" pode ter o dobro do preço. A diferença entre a skunk e a maconha comum está no potencial de entorpecimento. A skunk tem alta concentração de tetrahidrocanabiol (THC, o princípio ativo), que chega a 17%, quase 13 vezes maior que a da maconha comum ou "regional".
A produção também requer processos sofisticados, como plantação hidropônica e tratamento com hormônios em laboratório, justificando o preço elevado. Skunk significa "gambá", em inglês. O apelido veio por causa do cheiro forte e muito característico da supermaconha.
Apreensão
Um agente que atuou na apreensão de skunk em Belém nesta tarde contou que a situação ocorreu no Centro de Tratamento e Distribuição dos Correios, na rodovia Mário Covas, em Ananindeua. A droga foi encaminhada até o posto da Receita Federal no Aeroporto Internacional de Belém, para a guarda do entorpecente e entrega para a Polícia Federal.
A ação contou com a cadela farejadora Isa. Em trabalho de rotina de fiscalização de carga na unidade dos Correios, por volta das 16 horas, o cachorro sinalizou positiva para a droga em um conteiner, e, então, foi identificada uma caixa de papelão. Essa caixa foi examinada em um scanner, e foi identificado que se tratava de material orgânico; dentro havia, além do skunk, roupas e sacolas plásticas envolvendo a droga.
Esta foi a quarta apreensão de skunk somente nos Correios este ano, correspondendo a cerca de 20 quilos. Fora apreensão de haxixe, ectasy e pasta de maconha. Em quase um ano, foram apreendidos cerca de 100 quilos de skunk sempre nos Correios.
O envio de droga via Correios por parte de traficantes visa burlar a quantidade de carga postal para entrega e se valendo da camuflagem e vedação dos entorpecentes em embalagens de envio.
A Polícia Federal fará investigações para chegar aos responsáveis pela droga apreendida nesta sexta.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA