PC prende três homens por estupro de vulnerável e violência doméstica na Grande Belém
Das capturas, duas ocorreram em Belém e a outra foi em Ananindeua. Todas elas na quinta-feira (2/10)

A Polícia Civil (PC) prendeu três homens na quinta-feira (2), em Belém e Ananindeua, suspeitos de crimes graves, incluindo estupro de vulnerável e violência doméstica. As prisões foram resultado de operações coordenadas pelas delegacias especializadas, que atuaram após denúncias das vítimas e suas famílias.
Prisão por estupro e perseguição na capital
Uma das capturas em Belém foi realizada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca/Santa Casa). A Deaca deu cumprimento a um mandado de prisão preventiva contra um homem investigado pela prática de estupro de vulnerável e perseguição, ambos em sua forma continuada.
A delegada Emanuela Amorim, diretora da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAV), destacou que a medida cautelar foi deferida "diante da gravidade dos fatos apurados, consubstanciados nos depoimentos da vítima, que tem 12 anos. Ela narrou que o investigado a perseguiu de forma sistemática, bem como realizou investidas para tentar agarrá-la à força”.
Também foram colhidos depoimentos de familiares e testemunhas que apontam indícios robustos de autoria e materialidade. As investigações seguem em curso para a consolidação das provas técnicas e testemunhais. O suspeito será encaminhado ao sistema penitenciário, onde ficará à disposição da Justiça.
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Agressão contra a ex-companheira em Icoaraci
A segunda prisão realizada, também na quinta-feira (2), foi a de um homem acusado de agredir a ex-companheira, no distrito de Icoaraci, em Belém. A prisão ocorreu após diligências iniciadas diante da denúncia feita pela vítima na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Icoaraci (Deam/Icoaraci).
Segundo o relato da vítima, na madrugada da última quinta-feira (25/9), ela foi agredida pelo ex-companheiro. De acordo com a PC, o suspeito chegou à residência do casal com sinais de embriaguez e sob efeito de entorpecentes, exigindo dinheiro para adquirir bebida alcoólica. Diante da negativa, o suspeito tentou segurar a vítima, sendo contido pelas testemunhas presentes.
A delegada ressaltou que, além das agressões físicas, o suspeito também danificou objetos pessoais da vítima. “O agressor lançou objetos contra a vítima, incluindo uma bicicleta. Também foi constatado que ela teve o celular quebrado e foi alvo de ofensas verbais e ameaças”, explicou a autoridade policial. Com a denúncia, a equipe de investigadores da Deam Icoaraci realizou diligências imediatas, obtendo êito na prisão em flagrante do autor, que foi conduzido à unidade policial para a adoção dos procedimentos cabíveis.
Caso de estupro de vulnerável em Ananindeua
O terceiro caso ocorreu no município de Ananindeua. A Deaca da região cumpriu o mandado de prisão preventiva de um homem, vizinho da vítima, pela investigação do crime de estupro de vulnerável. A prisão ocorreu no bairro do Icuí Guajará, na residência do investigado, após a expedição do mandado de prisão.
A delegada Emanuela Amorim ressaltou que, mesmo após o decreto das medidas protetivas de urgência, o homem continuou a intimidar de maneira sistemática a mãe e as crianças. O suspeito se aproveitava da amizade que tinha com os pais das crianças para ganhar confiança, se colocando à disposição para ficar com os menores. Após notar um comportamento exagerado do investigado, a mãe passou a proibir que os filhos fossem para a casa dele.
No entanto, a mãe flagrou as crianças na casa do investigado, que haviam sido levadas contra sua ordem. “Depois de levar seus filhos para casa, a genitora conversou com elas sobre o que acontecia quando elas estavam na casa do vizinho. Uma delas revelou que era abusada sexualmente pelo investigado, que também praticava violência psicológica, ameaçando matar a mãe das crianças”, pontuou a titular da DAV. O fato foi comunicado à autoridade policial da delegacia responsável pelo caso, que logo representou pela prisão preventiva do investigado.
O preso foi submetido a exame pericial e encaminhado ao sistema penitenciário, onde se encontra à disposição da Justiça.
Denuncie violência doméstica
É importante ressaltar a importância de buscar ajuda em casos de violência doméstica. Ao testemunhar agressões contra mulheres, é fundamental ligar para o número 190 e denunciar. Além disso, é possível fazer denúncias por meio do número 180, que corresponde à Central de Atendimento à Mulher, e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Outras opções incluem o aplicativo Direitos Humanos Brasil (Android e iOS)e a página da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
A maioria dos casos de violência doméstica são cometidos por parceiros ou ex-companheiros das vítimas, mas a Lei Maria da Penha também abrange agressões perpetradas por familiares.
Vítimas de violência doméstica têm até seis meses para realizar a denúncia e buscar proteção.
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