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Justiça faz audiência da Chacina do Guamá nesta quarta

Fase marca instrução do processo contra oito acusados de envolvimento

Redação integrada de O Liberal
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Ocorrerá nesta quarta-feira, às 9h,  sob a presidência do juiz da 1ª Vara do Juri da Capital, a audiência da fase de instrução do processo que apura o envolvimento de oito acusados na Chacina do Guamá, crime que resultou no assassinato de onze pessoas e deixou uma outra, sobrevivente, gravemente ferida, em 19 de maio deste ano. Quatro deles são policiais. Um dos oito acusados segue foragido.

Galeria - Chacina do Guam[a

Era quase 16h de um domingo quando o ataque ocorreu no Wanda's Bar e Recepções, localizado na Passagem Jambu, entre as passagens Napoleão Laureano e Padre Mario Adalberto, no Guamá. A ação durou apenas um minuto, apontou a perícia. 

image O local do crime, no Guamá: quatro policiais militares acusados (Cláudio Pinheiro)

O relatório do inquérito sobre o caso foi concluído dia 3 de junho passado e apontou inicialmente o envolvimento de nove pessoas no caso. O documento, que possui mais de 800 páginas, foi distribuído eletronicamente no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para a 1ª Vara do Juri da Capital,  que remeteu o caso ao Ministério Público do Estado (MPE) para decidir se oferecia ou não a denúncia.

Após isso, o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) acatou pedido do Ministério Público do Pará (MPPA) e retirou o nome de Aguinaldo Torres Pinto entre os suspeitos de envolvimento com a ação. O MPPA entendeu que Aguinaldo Torres Pinto não participou da chacina. Aguinaldo foi preso por estar portando uma arma no dia que agentes da Polícia Civil foram à oficina onde o carro utilizado no crime estava sendo desmanchado por Edivaldo dos Santos Santana. Aguinaldo não será julgado pela 1ª Vara do Júri de Belém, mas foi autuado pelo crime de porte de arma. A denúncia oferecida fez com que o processo criminal tivesse início formal na justiça paraense, para que seja apurada a responsabilidade penal de cada envolvido.

No último dia 7 de outubro a Justiça do Pará negou o pedido de liberdade de Jaison Costa Serra, um dos oito denunciados pelo Ministério Público do Pará (MPPA) por suposto envolvimento no crime. Ele continuar respondendo ao processo preso. O habeas corpus liberatório impetrado pela defesa de Jaison, relatado pelo desembargador Rômulo José Ferreira Nunes, foi negado à unanimidade de votos em reunião colegiada da Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará.

image Prisão de Jonatan Marinho, o 'Diel', um dos oito acusados pela chacina: um segue foragido (Ary Souza)

Além de Jaison, foram denunciados Ian Novic Correa Rodrigues (que segue foragido), Edivaldo dos Santos Santana e Jonatan Albuquerque Marinho, bem como os policiais militares Pedro Josimar Nogueira da Silva, José Maria da Silva Noronha, Leonardo Fernandes de Lima e Wellington Almeida Oliveira. Josimar, José Maria e Leonardo foram apontados pelo órgão ministerial como os autores dos disparos no interior do bar. Ian Novic, conhecido por 'Japa', deu apoio de cobertura à porta do bar, enquanto os crimes ocorriam.

Segundo o MPPA, o alvo da ação criminosa seria o assassinato de apenas duas pessoas. Além da única pessoa sobrevivente, cujo nome é protegido, as vítimas fatais da chacina foram Alex Rubens Roque Silva; Flávia Telles Farias da Silva; Leandro Breno Tavares da Silva; Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro; Márcio Rogerio Silveira Assunção; Meire Helen Sousa Fonseca; Paulo Henrique Passos Ferreira; Samara Santana da Silva Maciel; Samira Tavares Cavalcante; Sergio dos Santos Oliveira e Tereza Raquel Silva Franco.

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Quem é o foragido 

Ian Novic é morador do bairro da Condor e, segundo denúncia levada à Justiça, teria dado apoio logístico à Chacina, agindo como "segurança" no local durante o crime. Segundo a assessoria da Polícia, chegaram a ser feitas diligências para prender Ian assim que seu nome foi vinculado ao massacre, mas ele não foi localizado.

Segundo o MPPA, após encobrirem a ordem alfabética da placa do carro e retirarem a placa da motocicleta, os assassinos seguiram até o Wanda’s Bar com Edivaldo dos Santos Santana na direção do carro Celta, o Cabo Léo no banco do carona e Ian Novic no banco traseiro. Na motocicleta foram Josimar Nogueira, que a pilotava, e José Maria Noronha, na garoupa.

image Câmeras flagraram acusados quando se dirigiam ao local da chacina (Polícia Civil)

Após avisarem para o cabo Wellington deixar o local, chegaram e estacionaram os veículos em frente ao bar e desceram - exceto Edivaldo, que ficou na direção do carro aguardando a execução das vítimas. Ian Novic ficou junto à porta, enquanto que os cabos Noronha, Nogueira e Leo entraram no bar atirando, matando onze pessoas e ferindo gravemente outra.

As autoridades ainda pedem informações sobre o foragido. Elas podem ser repassadas ao Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e a identidade é mantida em sigilo.

image Apuração aponta que chacina teria como alvo inicial apenas duas pessoas (Cláudio Pinheiro)
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