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Justiça recebe denúncia da Chacina do Guamá: oito são acusados - um ainda foragido

Juiz manteve prisões de sete envolvidos e decretou prisão preventiva de Ian Novic Correa, o "Japa"

Caio Oliveira

O 1º Tribunal do Júri de Belém confirmou que recebeu no começo da tarde desta terça-feira (25) a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MPPA), através do seu 1º promotor do júri, José Rui de Almeida Barbosa, contra quatro policiais militares e outros quatros civis, acusados de participação no planejamento e execução da Chacina do Guamá. A denúncia foi recebida pelo juiz do 1º Tribunal do Júri de Belém, Edmar Silva Pereira. A chacina, ocorrida na passagem Jambu, no bairro do Guamá, resultou em 11 mortes, além de uma pessoa belada sobrevivente. O episódio, considerado a maior chacina urbana da história do Pará, ocorreu em 19 de maio deste ano.


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Segundo o Tribunal do Estado do Pará (TJPA), o juiz manteve os decretos de prisões de sete dos envolvidos que já estavam sob custódia preventiva. O juiz Edmar Silva Pereira também decretou a prisão de Ian Novic Correa, conhecido como "Japa", que ainda se encontra foragido. Por isso mesmo, o juiz determinou a retirada do segredo judicial do processo - que garantia o sigilo do nome desse último acusado.

No despacho, o juiz analisou a conduta de cada acusados e determinou a citação individual de cada um deles para se manifestar por escrito, dentro do prazo legal, oferecer as respectivas defesas prévias.


OS DENUNCIADOS

- Cabo PM José Maria da Silva Noronha (cabo Noronha);
- Cabo PM Pedro Josimar Nogueira da Silva (cabo Nogueira);
- Cabo PM Wellington Almeida Oliveira (cabo Wellington);
- Cabo PM Leonardo Fernandes de Lima (cabo Leo);
- Jonatan Albuquerque Marinho, o "Diel";
- Jailson Costa Serra;
- Edvaldo dos Santos Santana;
- Ian Novic Correa Rodrigues, o "Japa" 

Todos foram indiciados por homcídio qualificiado, com pena de 12 a 30 anos por cada vítima, sendo decretada a prisão preventiva em desfavor do último acusado.

As vitimas foram identificadas como: Márcio Rogério Silveira Assunção, 36; Samira Tavares Cavalcante, 36 anos; Leandro Breno Tavares da Silva, 21 anos; Meire Helen Sousa Fonseca, 35 anos; Paulo Henrique Passos Ferreira, 24 anos; Flávia Teles Farias da Silva, 32 anos; Sérgio dos Santos Oliveira, 38 anos; Tereza Raquel Silva Franco, 33 anos; Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro (dona do bar), 52 anos, Samara Silva Maciel, 23, e Alex Rubens Roque Silva, 41.

O único sobrevivente do massacre ficou lesionado e permanece sob cuidados médicos, sob proteção do Estado. Dos onze mortos, três tinham passagem pela polícia, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup).  

A dona do bar, Maria Ivanilza Monteiro, respondia por poluição sonora, e crime contra relações de consumo; Alex Rubens Roque Silva, existia denúncia de tentativa de estelionato e porte de documento falso, enquanto Flávia Teles Farias da Silva havia sido indiciada por abandono de incapaz.

O CASO

Na tarde de domingo, 19 de maio de 2019, onze pessoas foram mortas por disparos de arma de fogo, por homens encapuzados no bar no Guamá, na passagem Jambu. Entre as vítimas estavam cinco mulheres e seis homens a maioria, atingida na cabeça. 

Dois dias depois a Policia Civil efetuou a prisão de Edivaldo dos Santos Santana e Aguinaldo Torres Pinto no momento em que estavam em uma oficina no bairro da Pedreira, para desmontar o veículo usado no crime.

Logo após um comerciante, dono de uma padaria, também foi preso por envolvimento no crime, sendo seguido pelas demais prisões. 

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