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Casos de feminício no Pará diminuem mais de 26% em um ano; entenda

Estado conta com delegacias especializadas para o atendimento à mulher e às vítimas de violência, além da ampliação da delegacia virtual que facilita o acesso para o registro das ocorrências

Dilson Pimentel
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Os casos de feminicídio no Pará diminuíram mais de 26% em um ano. Em 2022, no período de janeiro a outubro, foram registrados 42 casos, representando uma redução de 26,31% se comparado ao mesmo período de 2021, em que foram computados 57 casos. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (29), pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). 

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O aumento é em relação ao número de casos registrados entre janeiro e agosto de 2021, em comparação ao mesmo período de 2022, com dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup). O número de prisões é do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)

A Segup informou também que hoje o Pará conta com delegacias especializadas para o atendimento à mulher e às vítimas de violência, além da ampliação da delegacia virtual que facilita o acesso para o registro das ocorrências.

Canais de denúncias

A Segup destacou, ainda, a importância dos canais de denúncia que ajudam na identificação dos criminosos e auxiliam na elucidação dos crimes. A população pode acessar pelo telefone 190 do Centro Integrado de Operações (Ciop), para chamadas de urgências, e o canal do Disque-Denúncia, pelo atendimento convencional, 181 ou pelo WhatsApp da Iara (91) 98115-9181, além do formulário e chatbot presentes no site segup.pa.gov.br.

Enfrentamento à violência

O delegado André Costa, secretário de Inteligência e Análise Criminal (Siac), da Segup, participou na manhã desta terça da abertura do I Seminário de Enfrentamento à Violência de Gênero na Amazônia, promovido pela Polícia Civil, em Belém. Ele disse que o Governo do Pará, por meio da Segup, tem uma atenção muito dedicada no enfrentamento à violência contra o gênero, especialmente contra a mulher. “Tendo em vista que é um indicador que está em aumento no país. Sabemos que o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial com relação ao feminicídio", disse. Ele afirmou que o Pará tem essa missão de buscar reduzir esses indicadores através principalmente de políticas públicas.

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"E, também, de ações diretas de enfrentamento, do acolhimento das vítimas e entender o fenômeno para que a gente possa também trazer parceiros da iniciativa privada, de outros órgãos da esfera pública, seja estadual, seja municipal, seja federal, para que a gente faça uma sinergia em busca da redução. A gente sabe que é muito difícil zerar esse indicador, mas a redução para níveis toleráveis é o nosso objetivo”, afirmou.

O delegado André Costa acrescentou: “A gente vem trabalhando para essa redução. Nós temos aí algumas ações, como a Sala Lilás, o apoio e a efetividade de investimentos na divisão de atendimento à mulher (DEAM). Nós temos as operações e várias ações que são feitas pelo Estado também, principalmente de incentivo para que a mulher tenha uma independência financeira, uma autonomia emocional para que ela não se torne refém desse tipo de violência”.

Redução da violência é uma “tarefa árdua”, afirma delegada-geral da Polícia Civil

Delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Daniela Santos destacou a importância do seminário. “Este evento é alusivo aos 16 dias de ativismo do combate à violência de gênero, que é uma campanha internacional, e a Polícia Civil, junto com o governo do estado, toma à frente nesse enfrentamento de violência contra as mulheres”, afirmou.

Sobre a redução dos casos, a delegada Daniela disse que essa é “uma tarefa árdua":

"A violência contra a mulher está muito vinculada a questões culturais que foram perpetuadas durante muito tempo e que, de algum tempo para cá, vem sendo enfrentada e combatida, especialmente quando a gente fala em sociedade patriarcal, em machismo”, disse a delegada-geral adjunta Daniela Santos.

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Mas a Polícia Civil, assim como outros órgãos da segurança pública, afirmou, tem trabalhado de uma maneira mais efetiva a partir da análise estatística dos números. “A gente não pode compreender o aumento de registro de casos de violência doméstica como um fator só negativo. Porque, antes, a gente tinha muito a subnotificação e que isso de alguma forma mascarava a violência".

Ela acrescentou que agora a população, especialmente as mulheres, já encontrando um aparato muito melhor estabelecido para acolhê-las e combater a violência, procuram as delegacias e as instituições públicas para ter as seus problemas de segurança resolvidos. "Essa atuação cada vez mais humanizada. E, com o estabelecimento de protocolos de atuação, torna mais efetivo o nosso trabalho e passa a ter uma maior credibilidade das instituições públicas no combate à violência contra a mulher”, afirmou.

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