Caso de racismo e transfobia é denunciado após briga em bar no Umarizal
Relato publicado nas redes sociais denuncia agressão física e ataques preconceituosos em um estabelecimento de Belém

Um caso de agressão ocorrido na madrugada de para sábado (31/8), em um bar localizado no bairro do Umarizal, no centro de Belém, gerou repercussão nas redes sociais após uma vítima denunciar publicamente ter sofrido violência física, racismo e transfobia no local. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento da confusão, e os vídeos passaram a circular nas redes.
A denúncia foi publicada no Instagram nesta segunda-feira (1º), quando a pessoa agredida decidiu tornar o episódio público. De acordo com o relato, o caso teria sido motivado por preconceito racial e de identidade de gênero, no espaço conhecido por ter o público feminino e LGBTQIA+ como alvo.
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“Eu e meus amigos fomos vítimas de um episódio lamentável de racismo, transfobia e violência física. Enquanto apenas nos divertíamos, um grupo de homens e mulheres, brancos e play, começou a nos hostilizar com olhares e comentários preconceituosos”, relatou a vítima.
Segundo a postagem, os ataques teriam começado com comentários direcionados a uma mulher do grupo. “Passaram a atacar diretamente minha amiga, tentando ridicularizá-la e desrespeitar sua identidade, dizendo ‘arranca a peruca dela’, que na verdade era lace”, afirmou. Em seguida, as ofensas teriam sido direcionadas a outro integrante do grupo: “Não satisfeitos, também dirigiram ofensas transfóbicas ao meu amigo, um homem trans, exigindo que ele ‘virasse mulher’”.
A vítima relatou que tentou intervir em defesa dos amigos, momento em que foi agredida fisicamente. “Um desses homens me agrediu fisicamente, me acertando um soco no rosto (...) Ele começou a gritar com a gente, achando que ficaríamos quietos. A gente pediu pra ele parar, mas só parou depois de me acertar um soco no rosto e sair andando”, descreveu.
No desabafo, a pessoa afirma que o episódio não foi uma simples briga, mas sim um "crime de ódio". Segundo informações obtidas junto ao estabelecimento, a vítima deverá registrar boletim de ocorrência nos próximos dias, pois ainda não dispõe dos dados necessários para identificar o suposto agressor. A reportagem segue acompanhando o caso.
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