Técnicos do Pará e do Ministério da Saúde discutem plano unificado para eliminação do sarampo
No ano passado, o Estado teve 120 casos confirmados da doença
Representantes da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) estão reunidos com técnicos do Ministério da Saúde para discutir o Plano Operacional Unificado para Eliminação do Sarampo no Pará. O encontro ocorre até a próxima quinta-feira (7), em Belém. No ano passado, o Estado teve 120 casos confirmados da doença.
VEJA MAIS
Estão participando gestores, coordenadores e técnicos das áreas de Imunização, Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária em Saúde, Atenção Hospitalar, Saúde Indígena, Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).
Segundo a Sespa, nesta terça-feira, houve exposição sobre a situação do sarampo, abordando a cobertura vacinal, dados epidemiológicos, laboratório, Atenção Primária à Saúde, apresentação do Plano Operacional Unificado e do cronograma de ações. Ao longo do dia de amanhã, haverá uma reunião virtual com a participação de representantes do Ministério da Saúde, Sespa, Cosems e todos os municípios paraenses.
O objetivo é apresentar o Plano Operacional Unificado para Eliminação do Sarampo e os dados das áreas envolvidas, realizar um treinamento rápido para técnicos da área laboratorial, e tratar sobre a campanha de vacinação contra o sarampo, entre outros assuntos. “Precisamos unir forças para eliminarmos o sarampo, mais uma vez, do Pará e do Brasil. Contamos com a participação de todos”, enfatizou a diretora de Vigilância Epidemiológica, Adriana Veras.
Sinais e sintomas
O sarampo é uma doença infecciosa aguda viral transmitida pela tosse, fala, espirro ou respiração de pessoas doentes. O paciente deve procurar atendimento médico logo que apresentar os primeiros sinais e sintomas da doença, que são febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas na pele. Todas as pessoas não vacinadas e que nunca adoeceram de sarampo são suscetíveis ao adoecimento, só a vacina garante a proteção. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde.
A pessoa com suspeita da doença deve procurar imediatamente atendimento médico para que seja feita a notificação do caso e a equipe de saúde possa agir para interromper a circulação do vírus entre as pessoas que tiveram contato com o doente.
Adriana Veras ressaltou que os casos suspeitos de sarampo têm que ser notificados até 24 horas após o atendimento, para que seja iniciado o protocolo da Vigilância Epidemiológica pelo município e estado, que inclui diversas ações como busca ativa dos contatos não vacinados até 48h, o bloqueio vacinal independentemente se o caso é ou não confirmado até 72 horas após a notificação, entre outras.
Campanha de Vacinação
Desde 2018, o Ministério da Saúde, estados e municípios vêm desenvolvendo ações para eliminar o sarampo novamente do Brasil. A principal ação é o resgate da cobertura vacinal com a vacina tríplice viral, que continua baixa.
Por isso, com esse objetivo, mais uma campanha de vacinação contra o sarampo está em andamento, desta vez, juntamente com a Campanha de Vacinação contra a Gripe (Influenza), que foi lançada na última segunda-feira (4) e será dividida em duas etapas.
Nesta primeira etapa, que vai até o dia 2 de maio, o foco da vacinação será a população acima de 60 anos e trabalhadores da área de saúde. Os idosos receberão apenas a vacina contra a gripe (influenza), enquanto os trabalhadores da área de saúde receberão as duas vacinas oferecidas na campanha de acordo com a situação vacinal. Quem apresentar duas doses da vacina é considerado vacinado.
Já na segunda etapa, de 3 de maio a 3 de junho, a campanha é destinada às crianças de seis meses a cinco anos de idade, gestantes e puérperas, população indígena, professores, pessoas com deficiência, membros das forças armadas e de segurança, profissionais motoristas de transportes rodoviários como ônibus e caminhões, trabalhadores de portos e do sistema prisional, além da população privada de liberdade.
Serviço:
Para tomar a vacina contra a gripe e sarampo, a população deve procurar os postos de vacinação em seu município.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA