Primeiro dia sem uso obrigatório de máscara em locais abertos divide opiniões em Santarém
A decisão foi anunciada pela prefeitura na noite desta quinta-feira (17).
No primeiro dia da flexibilização do uso de máscaras no município de Santarém, oeste paraense, moradores dividem opiniões quanto à medida anunciada na noite desta quinta-feira (17). Agora, o item passa a ser obrigatório apenas em locais fechados.
Com a publicação do decreto feita pela prefeitura do município, a sexta-feira amanheceu diferente em Santarém, isso porque muitos moradores acreditam que a decisão foi precipitada. Enquanto outros comemoraram a decisão.
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O vigilante Edilson Rabelo afirma que vai continuar usando a máscara de proteção em ambientes abertos e fechados. “Eu vou continuar usando a máscara porque o vírus ainda não acabou. O uso da máscara é mais uma questão de saúde, não vou parar de usar”, contou.
José Corrêa foi uma das pessoas que gostou da flexibilização para o uso de máscaras. “Sou a favor de não usar em ambientes abertos, só em locais fechados mesmo”, opinou.
Já para Maria Régis, a máscara virou um item indispensável do dia a dia. “Vou continuar usando porque é importante usar nas ruas e ambientes fechados. Assim nós prevenimos a saúde da gente e do próximo”, enfatizou.
Segundo o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, a decisão foi embasada na queda do número de internações em decorrência da covid-19. "Temos o registro de queda em 89,8%. Quase que 90% das internações. Diante desses dados, desses estudos, nós resolvemos flexibilizar, ainda não totalmente. Parcialmente, a questão do uso de máscara. Onde a gente está alterando o decreto, fica facultado o uso de máscara", informou.
Ainda conforme o gestor, Santarém possui 94,11% da 1ª dose do imunizante e 74,71% da 2ª dose. “Portanto, uma grande cobertura vacinal", concluiu o prefeito.
Especialista alerta para os cuidados
A infectologista, Cirley Lobato, explica que é preciso ter cautela. O aumento da flexibilização tem como base dados do cenário epidemiológico do município.
“Na nossa situação atual, nós temos uma redução de casos no geral, redução dos casos graves e óbitos, porém não podemos esquecer que tanto a situação epidemiológica como a cobertura vacinal é muito diferente de região para região. Não há uma cobertura homogênea, é preciso ter cautela”, alertou.
Ela enfatizou que a flexibilização no município foi uma decisão coerente. “Com a liberação apenas para ambientes ao ar livre deve-se manter a vigilância, ofertar e realizar exames nos sintomáticos e investigar o aparecimento de novas variantes. Foi uma atitude coerente com o cenário”, relatou.
A médica chama atenção para a importância da imunização para a doença. “A vacina continua sendo a medida mais importante para prevenir casos graves, hospitalização e óbito”, destacou.
A especialista ainda recomenda que as pessoas nos grupos de risco continuem utilizando a proteção mesmo em ambientes abertos.“Essas pessoas têm tendência a desenvolver a forma mais grave, portanto, devem continuar o uso”, alertou.
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