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Domingo em Belém é marcado por ações contra o tabagismo

As atividades aconteceram na sede do Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante (Cratf) e na Praça da República, de 9h às 13h.

Igor Wilson
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A próxima quarta-feira (31) será marcada pelo Dia Mundial sem Tabaco, data que serve para alertar a população sobre os riscos e prejuízos causados pelo tabagismo. Em Belém, uma das três capitais brasileiras com menor quantidade de fumantes declarados (dados do último balanço do MInistério da Saúde), as ações para celebrar a data começaram a acontecer neste domingo (28). Durante a manhã, duas programações foram realizadas com o objetivo de levar informações e oferecer atendimentos em saúde a quem deseja parar de fumar.

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As atividades aconteceram na sede do Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante (Cratf) e na Praça da República, de 9h às 13h. As equipes do Cratf realizaram avaliações da dependência dos usuários de cigarro convencional e de cigarro eletrônico, medição de pico de fluxo expiratório e inscrição de pessoas que queiram participar do tratamento para superar o tabagismo. Também foram oferecidos vacinação, testes rápidos para detecção de hepatites virais e HIV e inscrição para o exame de espirometria, que analisa a quantidade de ar que alguém pode colocar dentro e fora dos pulmões, bem como a velocidade da ventilação.

Conectado à Secretaria de Estado em Saúde Pública do Pará (Sespa), o Cratf foi criado em 2003, com o objetivo de integrar e fortalecer as pessoas que estão tentando parar de fumar. Durante os 19 anos de atuação, o centro já atendeu mais de cinco mil pessoas. A médica Fátima Amine, coordenadora do Cratf, garante que mais de 90% das pessoas que procuram o centro conseguem parar de fumar em poucos meses.

“Aqui no Cratf contamos com a motivação do paciente, não precisa de refereciamento nem encaminhamento. A quem nos procura, oferecemos consulta psiológica e médica, onde verificamos se a pessoa vai precisar de medicação para parar ou não. Em seguida encaminhamos para os encontros em grupos, que geralmente acontecem uma vez por semana. O que eu vejo aqui é que, geralmente quando chega antes da quarta semana, a pessoa já está parando de fumar. Se fizer tudo certo, é bem eficiente” Dra. Fátima Amine, coordenadora do Cratf.

AS NOVAS ARMADILHAS DA INDÚSTRIA DO TABACO

Embora tenha havido avanços na redução do tabagismo nos últimos anos, o Brasil ainda apresenta altos índices de fumantes. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 10,1% dos brasileiros adultos são fumantes. Esse número é preocupante, pois o tabagismo está diretamente associado a diversas doenças graves, como câncer de pulmão, doenças cardiovasculares, enfisema pulmonar, bronquite crônica e outras condições respiratórias.

Uma das principais razões para o alto índice de tabagismo no Brasil é a disponibilidade e o acesso fácil aos produtos do tabaco. Após constatar uma drástica redução do número de fumantes no Brasil (O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas, apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019), a indústria do cigarro passou a investir intensamento em publicidade e marketing, visando atrair novos consumidores, especialmente os jovens. A embalagem atrativa e a venda de cigarros a preços baixos são estratégias comuns utilizadas para estimular o consumo, no entanto, um outro item é o foco dessa indústria para captar os mais jovens.

“A gente pode considerar que tivemos muita melhora, a prevalência caiu muito, hoje nosso estado é o terceiro estado que menos fuma, mas estamos hoje muito preocupados com o crescimento do cigarro eletrônico. A indústria do tabaco, muito de forma muito astuta, entrou pesado com o cigarro eletrônico, que é uma maneira rápida de conseguir mais dependentes. No Pará, estamos com problemas seríssimos com a epidemia do cigarro eletrônico nas escolas públicas. Muitos jovens são seduzidos. Encontramos hoje facilmente em camelôs, pela internet ou lojas, mesmo sendo ilegal por lei”, explica Silvia Corrêa, coordenadora estadual do Cratf.

Endereço do  Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante (Cratf): Endereço: Avenida Presidente Vargas, com a Travessa Osvaldo Cruz, nº 513, Campina, Belém

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