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Dia Mundial do Café: mercado gourmet conquista paraenses

Nutricionista afirma que o café pode estimular o sistema nervoso central, melhorando o estado de alerta e atenção, podendo também favorecer no combate a depressão, melhora do humor e a disposição física e mental

Fabyo Cruz

O café é uma das bebidas favoritas dos brasileiros e a segunda mais consumida no mundo. Não é à toa que a bebida possui uma data internacional para celebrá-la: o dia 14 de abril. No Pará, há quem não dispense tomar um cafezinho mesmo no calor ou então acompanhado com a pupunha, fruta característica da Amazônia, durante a tarde. O mercado das cafeterias premium tem ganhado espaço no Estado e os cafés especiais - popularmente conhecidos como café gourmet, apesar de o termo não ser o mais indicado pelos produtores e especialistas - está entrando no gosto dos paraenses.

Tomar café preto ou com leite, sem ou com açúcar, é uma tradição sobretudo no ocidente. A universitária Vanessa Silva, 21 anos, conta que chega a passar mal se não tomar durante o dia. “Eu adoro café, aprendi a gostar com o meu pai. Quando dava 17h a minha família sempre se reunia para tomar o café da tarde e ficar conversando. Agora,como estou na faculdade nesse horário, tenho que tomar lá. Eu não dispenso tomar café, bebo umas três vezes ao dia. Quando não tomo me sinto mal”, contou a jovem.

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A paraense acredita que o café grosso e amargo é o melhor para dar energia. No entanto, o seu preferido é com leite, açúcar e canela. “Quando estou no estágio prefiro tomar ele [café] amargo mesmo e sem adoçar para me manter ligada, mais esperta, e perder o sono. Mas se eu estiver em casa, gosto de tomá-lo da forma tradicional, adicionando canela”, comentou Vanessa.

Vanessa disse ainda que é admiradora dos cafés especiais. Os preferidos são o café de menta e o argentino. “Já tomei o café argentino, aqui mesmo em Belém, ele é delicioso porque não tem um grão amargo. Em breve pretendo experimentá-lo na própria Argentina. Também gosto de café com aroma de menta. Depois que você toma fica aquele gosto bom de menta na boca, recomendo bastante”, disse a universitária.

image Tomar café preto ou com leite, sem ou com açúcar, é uma tradição sobretudo no ocidente. A universitária Vanessa Silva, 21 anos, conta que chega a passar mal se não tomar durante o dia. (Ivan Duarte/O Liberal)

Mercado do café especial em ascensão

O mercado do café especial ainda está dando seus primeiros passos no Brasil, entretanto. Em algumas cidades como Belém, é possível perceber o crescente no número de estabelecimentos, diz Cezar Cavallare, sócio proprietário de uma cafeteria premium localizada no bairro do Reduto, no centro da capital paraense. “Já tem alguns anos que o mercado começou no País, mas agora ele está ganhando maior massa. É tanto que a gente pode ver mais cafeterias com essa proposta de cafés especiais em Belém”, afirmou.

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Cezar afirma também que os cafés especiais estão virando tendência não somente por serem novidade, mas por proporcionarem melhor qualidade e serem mais saudáveis.

“Nós fomos acostumados a tomar aquele café feito de produção em massa, que não é muito saudável. Os grãos dele vêm com muitas cinzas de galhos e terra porque ele só é retirado da planta, torrado e moído, isso explica a coloração preta. Agora isso está mudando com os cafés especiais, que possuem outro tipo de acolhimento, é um café com cor marrom, quase artesanal", explicou.

Cavallare comenta ainda que o paraense é fã do bom e velho café tradicional. “Nós fomos acostumados a comprar o café do supermercado, feito no coador de café, isso faz com que o paraense ache o café especial mais fino. O nosso paladar foi acostumado a sentir aquele café mais forte. No entanto, as cafeterias vem crescendo, a prova disso é que elas estão cada vez mais cheias em Belém. Algumas pessoas já compram inclusive para fazer em casa, nas suas cafeteiras italianas ou até mesmo no coador de café”, comentou.

image Cezar Cavallare, sócio proprietário de uma cafeteria localizada no bairro do Reduto, comentou que o mercado do café gourmet ainda está dando seus primeiros passos no Brasil, entretanto, ele afirma que em algumas cidades como Belém é possível perceber a crescente no número de estabelecimentos (Ivan Duarte/ O Liberal)

Mitos e verdades sobre o consumo de café

Mahyá Martins, nutricionista e professora do curso nutrição da Estácio, explicou que o café foi muito estudado nos últimos anos, onde foi observado vários efeitos benéficos através do seu principal composto ativo: a cafeína.

“Sua principal atuação é estimulando o sistema nervoso central, melhorando o estado de alerta e atenção, podendo também favorecer no combate a depressão, melhora do humor e a disposição física e mental. Além disso, possui compostos bioativos com propriedades antioxidantes, que ajudam a defender o corpo dos radicais livres, prevenindo envelhecimento precoce, câncer, depressão e diabetes”, afirmou a especialista.

A nutricionista comentou ainda que estudos sobre a atividade da cafeína na melhora das conexões dos neurônios no cérebro, o que confere uma ação de neuroproteção, levando a uma diminuição do risco de demência e de declínio cognitivo. “Porém é necessária atenção a forma como é tomado e a quantidade, podendo ser ingerido puro, com adoçante ou açúcar. É necessária atenção ao consumo com açúcar, pois dependendo da quantidade de xícaras ao dia, haverá excesso de açúcar no dia, sendo a melhor opção o consumo da bebida pura”, ressaltou.

Segundo a especialista, a ingestão recomendada para adultos é de 400 mg de cafeína por dia, o que equivale a aproximadamente quatro xícaras de 150 ml de café coado. Mulheres que estejam grávidas, planejando engravidar ou amamentando, devem consumir o máximo de 200 mg de cafeína por dia, o que corresponde a um total de 2 xícaras de 150ml de café coado. Já crianças a partir de 12 anos devem ingerir somente 100 mg de cafeína por dia, ou seja, o máximo de 130 ml de café coado. Pessoas com pressão alta devem limitar o consumo de café a 200 mg de cafeína por dia, o que equivale a 2 xícaras de café coado por dia.

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