Barcarena: cidade é porto seguro para o nordestino João Ribeiro
O nordestino, João Ribeiro, 46 anos, filho de pescador, reconstruiu a sua história de vida, em Barcarena, e atribui isso ao acolhimento do município a todos que aqui chegam

O nordestino, João Ribeiro, 46 anos, filho de pescador, reconstruiu a sua história de vida, em Barcarena, e atribui isso ao acolhimento do município a todos que aqui chegam. Há 27 anos é filho adotivo da cidade onde desembarcou sozinho e restituiu sonhos, entre eles a família.
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A trajetória de vida profissional começou quando com apenas 13 anos de idade, saiu de casa em Macau-RN, para morar na casa do estudante, na capital. Partiu formado como Técnico de Mineração. “Venho de uma realidade muito adversa no nordeste brasileiro. Depois que conclui o curso técnico vim para o estado Pará, de onde não sai mais. Aqui pude avançar na minha vida profissional, vindo posteriormente a cursar Administração e Engenharia de Produção. Aprendi aqui em nosso estado Pará que somos o que escolhemos ser”, afirma.
A engenharia foi a ponte para que o pernambucano chegasse ao município, onde desembarcou com a proposta de exercer a função de Gerente de Operação, inicialmente, em uma importante refinaria de alumina. “Em Barcarena as portas se abriram”, afirma. “Barcarena é um lugar de oportunidades, pessoas maravilhosas, e cidade encantadora, que acolhe todos e todas. Gosto de tudo em Barcarena, da cultura, das pessoas, do estilo de vida”, declara.
Na cidade que é polo industrial, o nordestino continuou galgando oportunidades e vive um período de realização pessoais e profissionais, sem esconder a gratidão de ser conduzido por escolhas que ele considera assertivas. “Aqui tenho meus amigos e irmãos de coração. Com o mesmo amor que fui recebido nesta cidade dos sonhos, procuro retribuir de várias formas esse sentimento”, explica o Engenheiro, fazendo referência ao trabalho voluntariado que exerce nas comunidades da cidade.
João se diverte e se emociona ao mesmo tempo ao lembrar de histórias que marcaram a sua vida em Barcarena, entre elas o encontro com a mulher que hoje é sua esposa.
Amante do motociclismo, João conta que estava em uma viagem de moto de Belém para Capitão Poço, quando foi obrigado a parar na entrada da Alça Viária, por causa de uma forte chuva.” Lá estava eu sentado, com aquela “armadura” de motociclista e de repente, chega uma mulher linda, tentei de cara aquela paquera pelo olhar, quis de alguma forma conhecê-la. Foram no máximo 5 minutos até que a van dela chegou e seguiu para Barcarena”, conta sorrindo. O potiguara desistiu da viagem para Capitão Poço e traçou rota de volta para Vila dos Cabanos na tentativa de chegar antes de Vanessa Veiga.
Em Barcarena, João declara ter construído seu maior patrimônio e fala com orgulho ser casado com uma barcarenense e ter gerado na cidade que o acolheu, sua filha caçula, Aurora de 2 anos. João tem ainda mais dois filhos, com raízes paraenses: Rebeca de 19 anos e João Pedro, de 8 anos.
Voltar para a terra natal não faz parte dos seus planos. “Não me vejo fora de Barcarena ou do estado do Pará. Quero continuar por aqui, terra que amo e fui amado desde que aqui cheguei”, enfatiza.
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