Vídeo: piloto se recusa a decolar por atraso de salários e mantém passageiros ‘presos’ em avião
O comandante acusa a empresa aérea de atrasar mais de cinco meses de salários, além de bônus de Natal, fornecimento de uniformes e cartas náuticas
Um piloto mexicano protagonizou uma cena inusitada na última sexta-feira (19/12) ao se recusar a decolar e manter os passageiros a bordo de uma aeronave como forma de protesto contra atrasos salariais. O voo GMT 780, que partiria da Cidade do México com destino a Cancún, acabou não deixando o solo após o comandante decidir interromper a operação.
Relatos de passageiros, compartilhados nas redes sociais, indicam que o piloto explicou pessoalmente a situação dentro do avião e pediu desculpas aos ocupantes. Em vídeos que circularam amplamente, ele afirmou que a decisão estava relacionada à segurança do voo e às condições de trabalho enfrentadas pela tripulação.
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Nas gravações, o comandante acusa a empresa aérea Magnicharters de atrasar mais de cinco meses de salários, além de bônus de Natal, fornecimento de uniformes e cartas náuticas. O piloto descreveu o cenário como uma “máfia” e afirmou que os trabalhadores não contam com um sindicato que os proteja.
Apesar do transtorno, passageiros relataram solidariedade ao protesto. Nas redes sociais, muitos afirmaram compreender a atitude do piloto e direcionaram críticas à empresa aérea, cobrando uma solução para os débitos trabalhistas mencionados.
Até a última atualização desta reportagem, a Magnicharters não havia se manifestado oficialmente sobre o ocorrido. Já o Aeroporto Internacional Benito Juárez Ciudad de México informou, por meio de nota, que a Agência Federal de Aviação Civil (AFAC), por intermédio da Comandância do Aeroporto, abriu investigação sobre o caso.
“Com relação ao incidente ocorrido por volta das 15h de hoje, no voo GMT 780, com destino a Cancún, a AFAC, por meio da Comandância do Aeroporto, está realizando as investigações cabíveis e, oportunamente, informará a opinião pública sobre o caso”, diz o comunicado.
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