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Estudantes da Ufra denunciam falta de transporte público no período da noite

Segundo informações, os ônibus param de circular em torno das 21h, deixando os alunos sem meio de transporte para voltar às suas casas

Vitória Reimão

Estudantes da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) reclamam que estão sem transporte público no período da noite. Essa situação prejudica o retorno dos estudantes para suas casas, além disso, a equipe do Eu Repórter também recebeu informações de trabalhadores que acrescentaram que desde o período do recesso, há poucas linhas de ônibus circulando durante a noite, nos bairros do Curió-Utinga e Terra Firme

"O nível de qualidade do serviço só está caindo. Na segunda-feira não sabíamos dessa situação, ficamos esperando. Chegamos na parada em torno das 21h e ficamos por lá até às 23h e nenhum ônibus apareceu", contou Lucas Regis, leitor e estudante da Universidade.

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De acordo com a denúncia, o problema ocorre desde agosto de 2022

Lucas é estudante de Sistema de Informação na UFRA, e conta sobre as dificuldades que passa junto aos alunos do período noturno. "Nós temos alguns colegas que possuem carro e estão dando caronas pra gente, pelo menos até a Almirante Barroso, para pegarmos outros ônibus. Nós estamos descendo bem longe de casa. Às vezes, chamamos carros por aplicativos, mas não temos dinheiro para pagar todo dia", disse. 

O problema ocorre desde segunda-feira, quando estudantes foram surpreendidos com a notícia de que não haveria ônibus. Funcionários que trabalham em uma garagem de ônibus, que fica em frente a universidade, informaram que os veículos param de rodar em torno das 21h. 

"A nossa coordenadoria tentou entrar em contato com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) sobre essa situação e nós também já denunciamos para a Semob o caso, mas é tudo muito lento", pontuou Lucas. 

Respotas dos órgãos: 

 

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou, por meio de nota, que a atual gestão nunca autorizou extinção ou supressão de linha alguma ou suspensão de qualquer outro tipo de serviço no transporte coletivo por passageiros.

"A Superintendência mantém fiscalização nos terminais de linhas e nas garagens das empresas e, mediante a constatação de irregularidades, as empresas são autuadas. A Semob comunica que vai intensificar a fiscalização das linhas citadas, principalmente fiscalizar a oferta de veículos e horários das viagens", disse o comunicado.

A Semob orienta aos usuários que formalizem as suas denúncias à Ouvidoria, a partir dos canais de atendimento do órgão: site e e-mail (ouvidoria.semob@cinbesa.com.br) ou entrando em contato pelo WhatsApp (91) 98415-4587.

Para isso, é necessário informar a linha, a empresa, o horário, o código alfanumérico (número que fica na lateral e na parte de trás do veículo) e a situação ocorrida, para que o órgão possa identificar empresa e operadores, averiguar e tomar as providências cabíveis.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário da capital (Setransbel) informou que a operação está em funcionamento normal, de acordo com as determinações do órgão gestor. Com relação a demora das viagens, o órgão acrescentou que os atrasos podem ocorrer em razão de congestionamentos nas vias, o que não depende do condutor do ônibus.

"O Setransbel, na condição de representante das empresas operadoras de Belém e Região Metropolitana de Belém, esclarece que o planejamento, a definição de linhas, de percursos e quantitativos de veículos, são de competência do poder público, que sempre leva em consideração a demanda de passageiros de acordo com análises técnicas realizadas", comunicou o órgão.

O projeto Eu Repórter é uma iniciativa que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo. Para participar das reportagens e conteúdos, compartilhando histórias, denúncias e sugestões de matérias com a redação de O Liberal, basta acessar o site eureporter.grupoliberal.com ou enviar suas informações para o Whatsapp (91) 98565-7449, onde será iniciada uma conversa diretamente com repórteres da redação. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

(*Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Mariana Azevedo)

Eu Repórter