Remo: presidente da Assembleia Geral propõe transição de gestão para não penalizar o futebol
Em entrevista coletiva, Daniel Lavareda disse que novo presidente azulino precisa planejar mandato. No momento, departamento de futebol azulino está parado à espera do pleito
O presidente da Assembleia Geral do Remo, Daniel Lavareda, conversou com a imprensa na tarde desta sexta-feira (22). Em entrevista concedida na sede social do clube, que fica na avenida Nazaré, em Belém, o dirigente deu informações detalhadas sobre as eleições presidenciais azulinas, que ocorrem em novembro deste ano, mas fez uma provocação. O advogado afirma que é necessário uma mudança estatutária, para que haja um período de transição entre mandatos.
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O assunto foi levantado após o presidente da Assembleia ser questionado sobre os prejuízos causados - sobretudo no departamento de futebol - pela troca de poder no Remo. Após fracasso esportivo na temporada de 2023, o Leão ainda não iniciou o planejamento da equipe que vai entrar em campo na próxima temporada. O motivo: qualquer decisão só pode ser tomada depois que um novo presidente foi escolhido.
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"Lancei essa proposta aos candidatos, para que seja instituída uma transição entre gestões. A eleição do Remo não é a mais correta, do modo como ela é operacionalizada. Hoje, o futuro presidente assume imediatamente após a eleição e não tem pé de como está a administração do clube. É necessário que a eleição ocorra 30 dias antes da posse, para que o novo presidente saiba o que lhe espera e se planeje", explicou.
Além disso, Lavareda explicou o motivo pelo qual o clube resolveu antecipar - em 10 dias - o prazo de início de inscrições de novas chapas presidenciais. Segundo ele, o adiantamento se deu pelo número elevado de pré-candidatos. Até o momento, quatro pessoas demonstraram interesse em gerir o Leão pelos próximos três anos.
"Num passado não muito distante ninguém queria ser presidente do Remo. Hoje eu vejo várias candidaturas postas, então ampliei o prazo de inscrição para deixar o processo mais transparente e democrático. Isso não dará nenhum prejuízo à eleição, haveria se tivesse reduzido o tempo de campanha, mas não é o caso", disse.
Até o momento, nenhuma chapa se inscreveu para concorrer à presidência do Remo. No entanto, a lista de pré-candidatos é grande. Demonstram intenção de concorrer ao cargo o atual vice-presidente, Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão; o ex-diretor do clube Marco Antônio Pina, o Magnata; o empresário Jader Gardeline; e o atual diretor de marketing do Leão, Renan Bezerra.
As eleições azulinas estão marcadas para ocorrer no dia 13 de novembro. A posse do novo presidente ocorrerá imediatamente após o resultado das urnas.
Veja outros trechos da entrevista de Daniel Lavareda:
Comissão eleitoral
"Após o encerramento das inscrições, no dia seguinte (14 de outubro) vamos escolher a comissão eleitoral, que vai dirigir as eleições. Uma novidade este ano é que será lançado um edital para todos os associados que querem participar da eleição, na qualidade de membro da comissão e das mesas receptora e apuradora. Os interessados devem enviar seu número de sócio ao clube e vamos verificar se eles estão em dia com as obrigações estatutárias"
Colégio eleitoral
"A perspectiva é de que 3 mil sócios estejam aptos a participar das eleições do Remo. Não tenho esse número exato, porque isso é de responsabilidade do CODIR (Conselho Diretor) e só vou ter acesso quando as inscrições de chapa se encerrarem. Esses números serão repassados à comissão eleitoral que vai divulgar quem são os eleitores aptos"
Urnas eletrônicas
"Estamos em contato com o presidente do TRE para que a gente possa trazer as urnas pra cá. Fizemos isso nas eleições passadas e queremos fazer de novo. Acreditamos que isso traz mais transparência ao pleito"