Ramadã: conheça o mês sagrado dos muçulmanos que influenciou o calendário da Fórmula 1

Em 2024, o Ramadã começa em 10 de março, um dia após o Grande Prêmio da Arábia Saudita

O Liberal
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A temporada de Fórmula 1 de 2024 começa com uma novidade incomum para os fãs acostumados aos domingos de corrida: as duas primeiras etapas, no Bahrein e na Arábia Saudita, ocorrerão aos sábados.

A Fórmula 1 anunciou em agosto de 2023 que essa mudança foi motivada pelo Ramadã, o mês sagrado do islamismo, praticado predominantemente nos dois países.

Em 2024, o Ramadã começa em 10 de março, um dia após o Grande Prêmio da Arábia Saudita. O GP do Bahrein, uma semana antes, foi antecipado para 2 de março, proporcionando um intervalo de um dia para a categoria.

image Circuito da Arábia Saudita. (Hamad Mohammed)

Além das corridas no Oriente Médio, em países de maioria islâmica como Qatar e Abu Dhabi, a temporada 2024 também terá duas provas programadas para domingos, após o fim do Ramadã, respectivamente em 1º e 8 de dezembro.

Contudo, a temporada terá uma terceira corrida no sábado: o GP de Las Vegas, em 23 de novembro, por motivos comerciais, para ser realizada num sábado à noite.

O que é o Ramadã?

O Ramadã é o nono mês lunar do calendário islâmico, um período sagrado em que os muçulmanos fazem orações e jejuam diariamente. Sua duração é de 29 a 30 dias e este ano vai de 22 de março a 23 de abril, com celebrações do Eid al-Fitr.

O início e o fim do Ramadã são determinados pela observação da lua crescente na Arábia Saudita. Durante esse período, os fiéis praticam o jejum diurno, uma das cinco obrigações básicas do Islã.

Os muçulmanos entendem que, por volta do ano de 610 dC, o anjo Gabriel apareceu ao profeta Maomé, revelando a ele o Alcorão, o livro sagrado do Islã. Acredita-se que essa revelação, Laylat Al Qadar — ou a “Noite do Poder” — tenha ocorrido durante o Ramadã.  Na visão do povo muçulmano, foi durante este mês que os primeiros versículos do Alcorão foram revelados ao profeta Muhammad há mais de 1.400 anos.

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Práticas

Durante esse período, os fiéis são instruídos pelo livro sagrado do Islã a se absterem de comer, beber, fumar e ter relações sexuais durante o dia. Além disso, é proibido o consumo de cigarros e mencionar palavras profanas (xingamentos). Não é permitido também que as pessoas briguem, se desentendam ou mintam umas para as outras.

Somando-se a essas práticas, está a leitura do Alcorão e a realização das cinco orações diárias. Todas essas ações têm como objetivo aproximar o fiel de Allah e promover o seu crescimento espiritual.

As práticas mencionadas fazem parte dos cinco pilares do Islã, que todo muçulmano com condições físicas e financeiras deve cumprir:

- Shahada: a profissão de fé;
- Salat: as orações diárias;
- Zakat: a esmola, caridade;
- Saum: o jejum durante o Ramadã;
- Hajj: a peregrinação a Meca.

O jejum durante o Ramadã é um dos cinco pilares do Islã. Considerado um ato de autopurificação, ele fortalece as pessoas e as ajuda a desenvolver paciência, autoconhecimento e autodisciplina. Durante esse período, os fiéis devem se abster de comer e beber do nascer ao pôr do sol. No entanto, há exceções previstas no texto sagrado.

Exceções

Durante o Ramadã, existem exceções para o jejum obrigatório para os seguintes grupos: idosos, crianças, doentes, pessoas em viagem, mulheres grávidas, mulheres em amamentação e mulheres menstruadas. No entanto, essas pessoas devem compensar o jejum em outro momento do calendário islâmico, antes do próximo Ramadã, se possível. Se o jejum não for viável, eles podem realizar uma prática de caridade, alimentando uma pessoa necessitada uma vez por dia durante o período do Ramadã.

O Ramadã é de grande importância para os muçulmanos, pois fortalece a solidariedade e gratidão a Deus ao jejuarem em conjunto. Durante esse período sagrado, é enfatizada a caridade, com muitos muçulmanos praticando o zakat, uma forma de doação para os pobres. Além disso, o Ramadã é considerado um momento especial de devoção a Allah, destacado pelas orações e pela leitura do Alcorão, o livro sagrado islâmico.

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