Técnico do Paysandu fala em superação de atletas, apesar dos desfalques e calendário apertado; veja
A vitória conquistada nos últimos minutos da partida foi um alento para Márcio Fernandes, que viu o time se esfacelar em campo e perder pelo menos dois jogadores por lesões musculares
A vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino manteve a campanha 100% invicta do Paysandu neste Parazão. O gol salvador foi marcado por Mário Sérgio, no final da partida, num lance de oportunismo que consagrou o artilheiro do time, mas acendeu um alerta sobre o restante do grupo, que tem apanhado com as constantes lesões sofridas nos últimos jogos, graças à carga intensa de partidas.
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Na avaliação pós-jogo, Márcio Fernandes viu um Paysandu superior na maior parte do tempo e um adversário com excesso de "catimba". "O Paysandu finalizou muito mais. Eles seguraram muito, fizeram cera, isso prejudica o espetáculo. É claro que não foi uma partida tecnicamente maravilhosa, mas foi de superação. Não é fácil jogar desse jeito, jogo em cima de jogo, perdendo jogadores. E é bom deixar claro que não é por questão muscular. É articular. Daqui a pouco vão dizer que o preparo não está bom. Não tem nada a ver", explica.
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Em seguida, o comandante enumerou os problemas que precisa administrar na sequência do estadual, além da Copa Verde, na qual o time segue nas quartas de final. "O Genilson quebrou o nariz e teve que operar. O Stéfano saiu agora. Deus ajude que não seja nada. No joelho, na parte de trás, sabemos que tem ligamento cruzado. O Naylhor também teve uma torção, isso prejudica a equipe. Todos os jogos perdemos jogadores. Hoje foram três. Além disso, perdemos Samuel, Eltinho. Já mudamos a equipe muito de um ano para o outro. E perder assim é complicado", lamenta.
Embora o grupo sofra com as lesões, o técnico também destacou a valentia dos demais, que, de forma improvisada em várias áreas, conseguiram sair de campo com os três pontos, encostando na liderança geral do Parazão, perdendo para o Remo apenas no número de gols marcados. "Os jogadores que entraram deram conta do recado, honraram a camisa e são atletas de nível. O grupo é forte, consegue reação. No jogo passado saímos atrás e revertemos o placar. Isso deixa a gente feliz".
Um exemplo de força do elenco se deu na defesa, que pela primeira vez neste Parazão contou com a presença de Bocanegra e Naylhor como titulares. "Devido a tantos desfalques, se você olhar bem, a defesa todinha não era titular. Não é que tenhamos um time titular, mas temos um time que inicia as partidas com preferência. Uma zaga que nunca tinha entrado, além de um lateral que veio da base e está se superando. Terminamos o jogo com o João Vieira na lateral-direita. É o ideal? Não, mas dentro do que temos, eles estão honrando a camisa do Paysandu".
Por ser uma partida atrasada da primeira rodada, o Paysandu naturalmente não pôde contar com outros quatro atletas não inscritos na época. Assim, a métrica dos bicolores foi baseada profundamente no improviso, o que deixa o comandante preocupado e, ao mesmo tempo, feliz dada a superação dos que estiveram em campo. Fora das quatro linhas, ele pediu ainda a paciência do torcedor diante dos percalços que o time vem passando.
"Tanto o Henriquez quanto o Wanderson foram bem, entraram com disposição, segurança. Entrosamento vai acontecer. Temos que ter mais jogos para isso. O Henriquez ficou muito tempo no DM e graças a Deus ganhou condição num momento onde perdemos o Genilson. Sem o Naylhor hoje não teríamos jogador. Não tivemos o Fernando Gabriel, Iarley, Juan, Vitor Souza, todos não inscritos na primeira partida. Isso tira até a paciência do torcedor para entender algumas colocações. Não tem como. Temos um grupo, mas todo jogo perdendo três, quatro, vamos ficar com um grupo reduzido, menos que o normal".
Próximo jogo do Papão
O próximo compromisso do Paysandu será no domingo (5), contra o Caeté, no estádio Ipixunão. Ainda pelo Parazão os bicolores têm outro jogo fora em sequência, sem contar a Copa Verde. Sobre o esforço fora do comum, Márcio Fernandes não vê outra opção que não seja encarar, fazendo jus à força e à tradição do clube.
"Temos um tempo maior para treinar, mas vamos jogar em locais diferentes. Vamos fazer três jogos com viagens e isso dá um desgaste. Vamos jogar a Copa Verde em Manaus, uma hora e meia de ônibus. Não sei como é a estrada. Temos agora em Ipixuna, depois voltamos, vamos para a Copa Verde, voltamos de novo e vamos para Tucuruí. Dá para programar. Não é chorar, mas eu acho que é um desgaste que poderia ser amenizado", encerra.
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