Paysandu 2026: Júnior Rocha fala em método, organização e perfil ideal de reforços Treinador deu entrevista exclusiva Núcleo de Esportes de O Liberal. Caio Maia 14.12.25 7h00 Júnior Rocha, novo técnico do Paysandu. (Foto; Reprodução/Papão tv Ginga Bet) Processos. Essa é a palavra que volta a circular com força nos corredores da Curuzu e que deve guiar o Paysandu em 2026. Depois de uma Série B marcada por frustrações e pelo peso emocional que derrubou o time na reta final, o clube tenta reencontrar o caminho da serenidade: menos ímpeto, mais método; menos reagir, mais planejar. A temporada que se aproxima pede não apenas reforços, mas um sentido. E é exatamente esse sentido que o Papão espera encontrar em Júnior Rocha. Contratado no dia 24 de novembro, o treinador ainda nem pisou no gramado da Curuzu para iniciar os treinos. Mas, nas palavras que antecedem sua chegada, ele já oferece um retrato claro do profissional que assume o comando: alguém que não veio para apagar incêndios, mas para acender ideias. Um técnico que fala de organização antes de falar de escalação, que cita método antes de mencionar nomes, que enxerga o futebol como uma construção permanente: um processo, como ele gosta de repetir. Em entrevista exclusiva ao Núcleo de Esportes de O Liberal, Júnior Rocha mostrou-se atento ao ambiente que encontrará. Revelou respeito pela paixão da Fiel Bicolor e pelo peso emocional que acompanha o Paysandu em cada temporada. O Liberal: O que já sabia sobre a cidade e sobre o ambiente do Paysandu antes de aceitar o convite? Júnior Rocha: Vim à cidade várias vezes, tanto como jogador quanto como comissão técnica, e só tenho coisas boas a falar da cidade e do povo paraense, um povo acolhedor e apaixonado por futebol. Tenho certeza de que serei muito feliz aqui. Referente ao ambiente do Paysandu, só posso falar do que vi atuando contra e posso te falar: um ambiente sensacional que essa torcida apaixonada cria aqui! Atmosfera vista poucas vezes na minha carreira e algo de que vamos precisar demais nessa reformulação que o elenco passará. Juntos seremos muito fortes! OL: De que forma você tem participado da montagem do elenco para a próxima temporada? Que tipo de jogador o Paysandu precisa contratar com mais urgência? JR: O que acontece aqui no Paysandu desde o dia em que cheguei é um trabalho coletivo muito forte referente às contratações de atletas. O primeiro critério é o atleta querer vir para Belém, vestir essa camisa pesada do Paysandu. Todas as indicações e atletas monitorados passam pela análise do nosso departamento de futebol e departamento de análise e desempenho. Estamos tentando, primeiramente, dar ênfase a atletas que conhecemos, trabalharam conosco e/ou fizeram uma boa temporada. Outro critério relevante analisado para as nossas escolhas é o de atletas que se encaixam nas características do modelo de jogo do qual pensamos. OL: O clube voltou a sentir emocionalmente na reta final da Série B. Como você pretende blindar o grupo desse tipo de colapso? A psicologia esportiva fará parte do seu dia a dia no clube? JR: Eu sempre falo o que todos já sabem, nada de novidade nesse sentido: futebol é um ambiente competitivo demais e também de muita cobrança. Nós todos que aceitamos o desafio de prestar serviços ao futebol estamos há muitos anos nessa. Então fomos moldados para isso e também somos seres humanos, às vezes se adaptando ao ambiente ou não. Futebol não se resume ao que acontece somente dentro de campo, há muitas variáveis envolvidas nesse ambiente. Nunca vamos saber se o atleta vai render da forma que queremos, pois se fosse fácil achar o perfil perfeito para tal, nenhum clube milionário erraria. Sobre a psicologia esportiva, é necessária e fundamental estar no futebol. No meu dia a dia, não vejo termos sucesso sem esse departamento. É um auxílio de que todos os profissionais envolvidos necessitam. OL: Você teve uma passagem no Luverdense, quando conquistou o acesso à Série B e um título da Copa Verde, este em cima do Paysandu. Como é, hoje, assumir o comando de um time contra o qual você já foi campeão? JR: Luverdense é o clube que me projetou e fui muito feliz lá. Hoje estou à frente do comando técnico do Paysandu e não vejo outra coisa na minha frente a não ser conquistar os objetivos que o clube tem em 2026. Estarei cego e sedento por trabalho e vitórias. Esse sentimento é de todos envolvidos com o clube em 2026. Vamos ter uma equipe muito organizada, dedicada e competitiva. É o que nosso torcedor quer: deixar a alma lá dentro. OL: O que a Série C lhe ensinou que pode ser aplicado imediatamente no Paysandu? JR: A Série C está cada vez mais elitizada e difícil. Hoje os clubes da divisão, em quase toda sua totalidade, já participaram da Série B, então estão quase todos muito estruturados, fazendo com que o campeonato seja muito atrativo. Sendo assim, a competição está tendo um nível técnico muito bom. Tudo isso mostra que não podemos errar no perfil de atleta para vir ao Paysandu. Precisamos priorizar o profissionalismo, comprometimento e muita fome de vencer, aprender e evoluir, pois isso fará a diferença para chegarmos às finais do campeonato com chances reais de acesso. OL: Já existe um esboço tático na sua cabeça ou isso depende totalmente das contratações? JR: Não tenha dúvidas. Gosto de um jogo de construção, jogo apoiado, sempre tentando ser protagonista da partida. Estamos em busca de atletas com esse perfil e características. É um processo difícil e doloroso, pois no início, até os atletas se adaptarem a essas exigências, penam um pouco. Mas iremos conseguir. OL: Quais são os seus princípios de jogo que não mudam em nenhum clube? JR: A organização! Não abro mão de ter um time muito organizado, tanto na fase defensiva quanto na fase ofensiva. Time corajoso, com os atletas sabendo exatamente o que fazer com e sem a bola. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave esportes futebol jornal amazônia paysandu júnior rocha COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Paysandu . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! 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