Hepta! Paysandu vive crise nos gramados, mas segue imbatível nas águas da Baia do Guarajá

Enquanto o futebol amarga a queda para a Série C, modalidade náutica vive um ciclo de vitórias com uma estrutura sólida

O Liberal
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Enquanto o Paysandu vive uma das piores fases de sua história no futebol — encerrando a temporada rebaixado para a Série C — o esporte que deu nome ao clube segue navegando em direção contrária. No remo, a realidade é outra: hegemonia, planejamento e títulos. O Papão é heptacampeão paraense na modalidade, garantindo o sétimo título consecutivo nas águas da Baía do Guajará.

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A sequência invicta é resultado de um trabalho sólido e continuo, que sustenta boa parte do orgulho bicolor em um ano difícil para o torcedor. Quem explica é o coordenador técnico da sede náutica, Afonso Sarmanho.

“O Paysandu é heptacampeão paraense. Este foi o sétimo ano consecutivo de conquistas nas águas da Baía do Guajará. Para chegar a esse resultado, temos uma preparação diária. Estamos sempre renovando o plantel, contratando atletas quando necessário e contando com uma equipe profissional completa, com técnico, preparador físico e psicólogo”, afirma.

O estadual, vencido de ponta a ponta, faz parte de um projeto duradouro. “O campeonato estadual faz parte desse processo. É uma competição importante, que valorizamos muito e que integra um ciclo de conquistas do clube”, reforça Sarmanho.

A base do sucesso está na estrutura que o departamento náutico vem construindo há mais de uma década. Um trabalho contínuo, sem vínculo com as outras áreas do clube. “A estrutura do departamento náutico vem sendo construída desde 2013. Já são 13 anos de trabalho, sempre com apoio da diretoria e de todos os dirigentes que passaram pelo clube. Cada diretor deixou um legado, e os presidentes também sempre apoiaram o departamento. Hoje, nossa sede tem uma estrutura completa”, explica.

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Hoje, de acordo com o coordenador técnico, o espaço oferece tudo o que um atleta precisa. “O clube dispõe de academia, setor médico, auditório, refeitório, alojamento para atletas. Não falta estrutura. É um trabalho de longo prazo que vem dando resultado.”

Mesmo no momento mais delicado do futebol, o remo do Paysandu mantém o clube vivo e vencedor, com o apoio histórico de grandes bicolores. “O clube se mantém graças aos abnegados. Não podemos deixar de reconhecer a família Couceiro, que hoje está à frente do Paysandu, e também um grande grupo de apoio formado por beneméritos, grandes beneméritos e ex-presidentes. A diretoria atual também contribui com uma ajuda mensal essencial para que possamos funcionar.”

remo Paysandu

Além do alto rendimento, o departamento também cumpre um papel formador. A escolinha atende jovens sem cobrança de mensalidade. “Temos escolinha, mas ela é voltada para jovens e não cobramos nada. Pelo contrário, ajudamos esses atletas com transporte. A sobrevivência do departamento depende dessas pessoas e da diretoria.”

O plantel atual conta com cerca de 60 atletas, distribuídos entre base, sub-23, sênior, adulto e master — este último, sempre atuante. O remo bicolor também exporta talento: em janeiro, dois atletas, Paulo Moisés e Ana Gabriela, integrarão a seleção brasileira. O técnico Jalma Rocha, contratado em 2024, também participará da equipe nacional.

De olho no futuro, o clube segue captando jovens, principalmente em bairros tradicionais de Belém. “Hoje, estamos recrutando atletas de 12 a 15, 16 anos no máximo, desde que estejam estudando. (...) Os treinos são diários, a partir das 6h da manhã. Aqui, ele vai aprender, se educar e viver um esporte maravilhoso", completa. Hoje, o projeto inclui acompanhamento físico, técnico, aprendizado de natação e alimentação no clube antes da escola, para dar continuidade no ciclo de glórias que o Paysandu carrega nas águas da Baía do Guajará. 

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