Projeto 'Palcos do Futebol' promete repaginar estádios paraenses, entre eles o tradicional Souza

Ao todo, R$ 1,3 milhão serão aplicados no Souza, Diogão e CT do Castanhal, ampliando a capacidade de jogos e campeonatos disputados nas praças esportivas

Luiz Guillherme Ramos
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O Campeonato Paraense é um dos torneios mais tradicionais do Norte do Brasil, mas ao longo do tempo enfrentou grandes deficiências em relação a estádios. Devido à precariedade e poucas opções disponíveis, a FPF conseguiu, por meio da CBF, incluir o Pará no projeto "Palcos do Futebol", que, em sua primeira investida local, vai destinar R$ 1,3 milhão para a reforma de três praças esportivas: os estádios Francisco Vasquez, José Diogo e CT do Castanhal.

A novidade foi anunciada em julho deste ano pela própria FPF, presidida por Ricardo Gluck Paul, que também ocupa uma das vice-presidências da CBF. A ligação direta com a entidade máxima do futebol brasileiro facilitou a entrada do estado no projeto. A verba, no entanto, ainda não foi repassada aos clubes, que aguardam orientações sobre como proceder.

Atualmente, o Pará conta com 12 estádios aptos a receber jogos oficiais: Mangueirão, Baenão, Curuzu e Souza, na capital, além de Diogão, Navegantão, Parque do Bacurau, Ipixunão, Zinho Oliveira, Rufinão, Augusto Corrêa e Ninho do Japiim, no interior.

"Optamos por focar em estádios que funcionam como hubs de serviço para o futebol paraense. São estruturas que recebem clubes sem estádio próprio, além de sediar competições municipais, estaduais, regionais e nacionais. Souza, Diogão e Castanhal formam um eixo estratégico que ajuda a desafogar o calendário", afirmou o presidente à época do anúncio.

A divisão dos recursos para cada clube ficou definida da seguinte forma: R$ 700 mil para o Souza, R$ 300 mil para o Diogão e R$ 300 mil para o CT do Castanhal. A medida servirá para modernizar os espaços e garantir melhores condições de trabalho para clubes, atletas e profissionais. Segundo a FPF, na segunda etapa serão contemplados estádios das regiões oeste e sul do Pará.

Palcos do Futebol

Tradição

Dos estádios selecionados, o mais antigo é o Souza, da Tuna Luso, com exatos 90 anos. Palco de grandes histórias e conquistas, o local perdeu parte do seu brilho com o tempo, mas mantém sua imponência. O estádio tem capacidade para seis mil torcedores e carece de melhorias em todos os setores, conforme ressalta o presidente do clube, Antoniel Sobral.

"A prioridade da Tuna será realizar a drenagem, a irrigação e a adequação do gramado, que já passou por intervenções recentes devido a problemas com pragas. O restante do recurso deve ser direcionado para a estrutura de vestiários, cabines de imprensa e áreas destinadas à arbitragem e às equipes visitantes", explicou Sobral.

Atualmente, o Souza só recebe jogos durante o dia, devido à ausência de refletores. Embora essa questão não esteja incluída nos investimentos previstos, o presidente espera resolvê-la em breve. Todo o trabalho de modernização ultrapassaria R$ 1,5 milhão, valor que o clube não dispõe, o que levou à definição de prioridades a serem atendidas com a verba da CBF.

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Na última quarta, a Tuna foi contemplada com R$ 700 mil, também para investimento em reformas no estádio. 

Força do interior

Outra praça selecionada é o Diogão, em Bragança. Inaugurado em 1993, tem capacidade para cerca de 7 mil torcedores e é de propriedade particular. Com o tempo, o estádio passou por reformas no gramado e na infraestrutura, mas em 2023 teve seu uso suspenso pela FPF devido às condições do campo. O local voltou a receber jogos do Parazão deste ano.

O terceiro estádio incluído é o CT do Castanhal, que funciona como complexo esportivo com campos de futebol e áreas de treinamento físico. O local já possui infraestrutura adequada e atende às exigências da FPF, mas ainda precisa de melhorias para ampliar o número de competições recebidas.

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