A emoção do Re-Pa: Ídolos de Remo e Paysandu relembram como é jogar o maior clássico do Norte Adriano Paredão e Balão comentam sobre peso de jogar o Re-Pa Aila Beatriz Inete 21.06.25 16h00 Jogadores relembraram duelo na Série B (Marcelo Seabra/ arquivo O Liberal) Uma história centenária ganha mais um capítulo neste sábado (21). Depois de 19 anos, Remo e Paysandu voltam a se enfrentar pela Série B, em um duelo que marca o confronto de número 779 do clássico Re-Pa, considerado um dos mais disputados e emocionantes do mundo. E quem já vivenciou esse momento dentro de campo não esquece a sensação de encarar o maior rival. WhatsApp: saiba tudo sobre o Paysandu “Re-Pa é místico, não tem explicação”, afirmou o ex-goleiro do Remo, Adriano Paredão. “É uma sensação incrível que só quem viveu essa maravilhosa experiência sabe”, completou o azulino. Adriano, hoje com 49 anos, atuou pelo clube entre 2006 e 2012. O arqueiro ganhou o apelido de "Paredão" e se tornou ídolo da torcida azulina. Entre as melhores lembranças está o clássico da Série B de 2006 - sua estreia no Re-Pa - coroado com a vitória e o título de melhor em campo. VEJA MAIS Autor do gol do Paysandu no último Re-Pa da Série B relembra emoção do clássico: 'É diferente' Aldrovani falou sobre a sensação de jogar a partida e relevou desejo de ver os clubes na Série A 'Momento que marca a minha carreira', diz António Oliveira em apresentação oficial no Remo Técnico azulino foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira (20) e fará sua estreia no clássico Re-Pa Primeiro Robgol: ídolo do Remo visita Baenão e relembra hat-trick contra Paysandu; confira Robinho foi protagonista no Re-Pa disputado em 2000, pela Copa João Havelange “O Re-Pa de 2006 foi a minha estreia no clássico. O Remo perdeu no primeiro turno, mas no segundo vencemos por 3 a 1. Fui um dos melhores em campo, junto com o Alex Oliveira. Aquele momento é inesquecível”, relembrou. Adriano Paredão é um goleiro sempre lembrado pelo torcedor azulino (Marcelo Seabra / Arquivo OLiberal) Outro que guarda boas lembranças do clássico é o ex-atacante Balão, um dos maiores artilheiros do Paysandu no século XXI. Em 2006, Remo e Paysandu se enfrentaram duas vezes na Série B. No primeiro turno, o Papão venceu por 2 a 0, com dois gols do artilheiro. Mas no segundo turno, o cenário foi diferente: o Bicola perdeu e foi rebaixado. “Lembro que 2006 foi ano de Copa do Mundo. Antes da parada para a Copa, o Paysandu estava muito bem na tabela, brigando na parte de cima. Inclusive, vencemos o Remo em boa fase. Depois da Copa, tudo desandou: salário atrasado, e o time caiu na classificação. Gosto de lembrar do Re-Pa da vitória, porque estávamos muito bem”, contou o ex-jogador. Balão se lembra com clareza da última vitória do Papão sobre o rival na Série B. O atacante foi um dos destaques da partida e guarda a memória com carinho — para ele, um momento histórico. “Fiz os dois gols naquele jogo. O segundo, inclusive, acho que foi o gol mais fácil da minha vida. Sempre brinco com meus vizinhos: ‘Olha, a última vitória do Paysandu na Série B está na conta do Balãozinho’. Aquele jogo foi histórico. O Remo teve dois expulsos e perdemos a chance de aplicar uma goleada. Me lembro que, durante a partida, jogadores do Remo pediam: ‘Para de correr, por favor. Vocês já estão ganhando, não precisa de mais gols’”, relembrou. "Clássico emprega e desemprega muito jogador" Remo e Paysandu são clubes com torcidas gigantes, que costumam lotar os estádios e fazer grandes festas. Em dia de Re-Pa, o ambiente de celebração e pressão é ainda mais intenso. Para Balão, jogar contra o rival era algo motivador - mas nem todos os atletas lidam bem com a responsabilidade. “Clássico era um jogo que eu gostava, mas entendo que tem jogador que ‘treme’. Se eu pudesse, só jogava clássico. Gostava da motivação que o jogo trazia, com o Mangueirão lotado. As duas torcidas fazem uma festa muito bonita — nisso eu tiro o chapéu. Mas sempre digo: clássico emprega e desemprega muito jogador”, afirmou. Balão se tornou arilheiro do Papão (Normando Sócrates/Diário do Nordest) Do outro lado, Adriano concorda que a torcida influencia bastante, mas garante que, dentro de campo, conseguia manter o foco. “Depende da personalidade de cada atleta. Eu sou um cara muito focado. Para mim, era como se estivesse treinando, apesar de tanta gente com o foco no jogo”, afirmou. Além disso, segundo o ex-atacante, para os jogadores paraenses o peso do clássico é ainda maior, por conta da cobrança e da proximidade com os torcedores. “A gente que é paraense tem medo do clássico por causa da cobrança. Hoje as coisas são diferentes, vejo poucos paraenses no elenco. Mesmo assim, a cobrança em caso de derrota deve existir para eles também. Para chegar bem no jogo, eu passava a semana concentrado, focado, porque não queria perder”, apontou o ex-jogador. Apesar de preferir recordar os momentos de glória — como qualquer um —, Balão destacou que não há sentimento comparável ao de jogar o clássico paraense. “Quando a gente joga um Re-Pa, é diferente. Pode ser em qualquer condição. A realidade é que ninguém quer perder, porque a rivalidade é muito grande. O jogo de 2006 foi na Série B, como o deste ano, mas a emoção é a mesma, independentemente da divisão. É algo especial e emocionante”, finalizou o artilheiro bicolor. Um coisa é certa, independente da naturalidade ou o mais simples jogo, clássico é clássico e o Re-Pa carrega o peso da tradição do futebol paraense e um rivalidade centenária, que marca a vida dos jogadores que têm a oportunidade jogar, uma história escrita e reescrita ao longo dos anos. 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