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Trajetória de Leandro Firmino é marcada por personagens icônicos; ator morou no Pará

Ele contou como foram os meses que morou em terras paraenses e o sobre o sucesso da sua caminhada artística

Bruna Dias
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O ator Leandro Firmino ganhou a fama por ter vivido o personagem Zé Pequeno no filme "Cidade de Deus" (2002). O longa foi indicado a quatro Oscar. Depois disso, ele viveu alguns momentos longe dos holofotes, e agora retorna com força total.

Leandro vive Gilmar na série Impuros, da Star+. A quarta temporada era bastante aguardada e tem feito sucesso pelos amantes do gênero policial, após um hiato de anos. Gilmar é quase um protagonista, porque ele sempre está ao lado de Evandro do Dendê, personagem principal da trama, que é interpretado por Raphael Logam.

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Mas quem quiser assistir mais trabalhos de Leandro Firmino, o ator faz o Walter, em Operação Maré Negra, na Netflix. São dezenas de trabalhos audiovisuais que contam com o talento do artista.

Em conversa exclusiva com o Grupo Liberal, Leandro Firmino falou da sua carreira, de novidades e do tempo que morou no Pará. Sim, ele viveu em terras paraenses em 2010, e como bom nativo, comeu açaí tirado na hora com muito peixe frito e tinha uma rotina com muito banho de rio. E o melhor: esteve em festas de aparelhagem.

A conexão com o Pará foi tanta, que este ano, parte da sua família passou férias por aqui! Confira a entrevista!

O quão representativo para ti é o Zé Pequeno?

LF: Não tem como fugir do Zé Pequeno, ele foi meu primeiro personagem, no meu primeiro longa. E até hoje ‘Cidade de Deus’ é um marco, ele está nos streamings, tem também as escolas que passam os filmes para os alunos para debater muitos temas. Lógico que no decorrer da minha carreira eu fiz muitos personagens, já fiz comédia também. Agora mesmo, eu estou em São Paulo gravando uma sitcom, que é uma comédia e meu personagem é muito diferente do Zé Pequeno, do Gilmar do Impuros. Mas esses personagens, na verdade, que embora eles estejam dentro de um lugar que é de criminoso, negativo, eles são muito humanos. Se pegar o Zé Pequeno tem momentos que aflora muito a humanidade dele, por exemplo dele não ter uma namorada. Quando o Bené fala que vai embora, ele sente muito, porque ele é o irmão que ele não tem.

Fala um pouco do Gilmar, de Impuros. Ele tem se tornado protagonista!

LF: O Gilmar é uma figura, ele leva uma vida paralela. Ele está envolvido na situação, mas além disso, tem mulher e filha, vive esses dois mundos. Uma coisa é ele ali com o Evandro e outra com a família dele. O Gilmar é muito figura, é o cara que o bicho está pegando, a coisa acontecendo, está difícil, mas ele consegue de alguma forma vê outro lado da situação, ele é o famoso cara, que pode estar acontecendo o que for, mas ele não perde o bom humor. Mas ao mesmo tempo, ele é um cara que não tem senso de humor, ele é muito sério. É uma figura tão séria, que acredita tanto no que está falando e fazendo, que se torna uma pessoa engraçada.

Teus personagens são construídos e marcados com bordões. Me fala um pouco como é criado isso.

LF: O Tomás Portella e René Sampaio, diretores de 'Impuros', deixam o elenco livre para poder criar, mas ao mesmo tempo sugerem muitas coisas. Como eu filmo muito mais com o Tomás, ele também cria coisas, de falas, e a gente vai fazendo. Além disso, algumas ideias também vão surgindo na hora. O Gilmar é a união de umas figuras que eu conheci na infância, tios... essa coisa por exemplo do palavrão, eu tenho uma tia, irmã do meu pai. Hoje em dia ela melhorou por causa dos sobrinhos netos, aí ela deu uma segurada. Mas, Minha Nossa, muito palavrão assim (risos). Mas acaba que é referência de pessoas que eu conheci, que cresci observando.

Tu já fez muita coisa no gênero policial e de ação, mas fez comédia também. Tem algum gênero que tu gostes mais de atuar?

LF: Eu não sou comediante, mas essa coisa da comédia surge. Fazer rir é muito difícil, não é uma coisa simples. Eu gosto de experimentar, acho que atuar é isso, interpretar é você estar disposto a experimentar lugares, personagens e situações.

Com diversas possibilidades de mídias que permitem trabalhos mais longos ou curtos, como usufruir de tantas opções disponíveis no mercado.

LF: Isso é ótimo para quem atua e também para quem trabalha por trás das câmeras, justamente por todas essas possibilidades. Você começa a ter uma maior quantidade de produtos sendo produzidos. O Brasil é um país imenso, ou seja, tem muita história para contar. Quando eu iniciei, há 23 anos, ou você entrava em um projeto de cinema ou na TV, eu demorei muito para fazer alguma coisa na televisão, acho que só em 2006/2007. Nessa carreira tem muitos altos e baixos, fiquei um tempo sem atuar, sem fazer coisas, depois fui fazendo mais participações em filmes. Lembro que em 2013, iniciei com séries. A primeira que eu fiz foi ‘Magnífica 70’, da HBO, que ganhou muitos prêmios. Depois veio ‘Impuros’, o que é engraçado, porque eu fui chamado só para a primeira temporada, e acabou que estou até hoje.

O que temos de projetos que estão na porta?

LF: Agora estou gravando um sitcom ‘Tudo em Família’, que conta a história de um casal brasileiro e que convive com cinco filhos. Meu personagem é o Osmar, que é um professor que tem doutorado em filosofia, e é uma figura, porque ele é muito literal e desajeitado, vive no mundo da academia. Ainda tem os projetos que filmei e que estão nos streamings. Tem também um especial da Globo que vai ao ar dia 20 de novembro, no Dia Nacional da Consciência Negra, gravado no início do ano e está super bacana.

Agora conta para gente uma coisa que poucos sabem, da tua vivência no Pará.

LF: Eu morei durante quase quatro meses em 2010, em Viseu. Morei com um casal de amigos meus, foi muito bacana. Tomei açaí todo dia, comia peixe fresquinho, tomava banho de rio. Foi um momento bem bom da minha vida. Eu experimente açaí com tudo, com peixe é muito bom. Eu comento com o pessoal aqui: vocês têm que comer açaí com peixe. Eles ficam surpresos, eu digo: Não é esse açaí que vocês compram cheio de xarope de guaraná e açúcar, é a fruta mesmo, na real. Conheci muita gente legal nesse período.

Lembro que nessa ocasião, eu fui parar em uma festa de aparelhagem. Fui no Super Pop, incrível, impressionante. A aparelhagem interage com as pessoas. Lembrei um pouco do Carnaval carioca, acho que uma mescla com o baile funk. Foi um momento incrível da minha vida. Começa a soltar os fogos.

Ainda fui no Rubi Saudade, que toca mais os bregas antigos, vi o pessoal dançando e é muito difícil. Mas é muito legal ver as pessoas dançando. Até então eu não conhecia o Pará, só via na televisão, quanto eu tive essa oportunidade, foi um tempo muito bacana para poder conhecer a cultura. As pessoas são hospitaleiras, é uma outra parte do Brasil.

 

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