Presa ou morta? Pesquisa mostra desejo do público para Odete Roitman em 'Vale Tudo'
Levantamento indica preferência por prisão ou pobreza como destino da vilã interpretada por Deborah Bloch

A nova versão da novela "Vale Tudo", exibida no horário nobre da TV Globo, já chega com um desfecho conhecido: a morte de Odete Roitman (Deborah Bloch). No entanto, pesquisa do Datafolha revelou que apenas 4% do público gostaria que a vilã fosse assassinada. A maioria prefere alternativas como a prisão (35%) ou a pobreza (47%).
O levantamento foi realizado nos dias 8 e 9 de setembro, com 2.005 pessoas em 113 cidades do Brasil. Um terço dos entrevistados declarou assistir ao folhetim. Entre eles, há forte participação de mulheres, pessoas pretas e das classes D e E. A aprovação do remake é ampla: 65% avaliam a novela como ótima ou boa, enquanto apenas 8% consideram ruim.
Remake repete polêmica dos anos 1980
A discussão sobre o destino de Odete Roitman remete ao ano de 1988, quando a personagem foi vivida por Beatriz Segall. Na época, 38% dos entrevistados em São Paulo defendiam a morte da vilã. Agora, o público prefere que a personagem enfrente outras punições.
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A protagonista Raquel Acioli, interpretada por Taís Araújo, também gera debates. Críticas apontam que sua trajetória, marcada pela perda e necessidade de recomeço, expõe situações de racismo. A atriz chegou a se manifestar contra alguns rumos da trama, mas destacou que as mudanças trouxeram dinamismo à história.
O que a novela representa para os telespectadores
Apesar das divergências sobre o final da vilã, parte do público acredita que "Vale Tudo" continua refletindo a realidade brasileira. A autora Manuela Dias reforçou que o eixo da trama está na relação entre mãe e filha, mas os telespectadores associam a obra a diferentes questões sociais:
- 38% relacionam a novela à crise e à política;
- 26% destacam a honestidade e o valor do trabalho;
- 24% apontam a corrupção e as chantagens, ligadas a personagens como Odete Roitman.
(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)
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