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No Marajó também tem boi-bumbá: Estrela Dalva e Malhadinho dividem uma cidade

Com décadas de história, bois dividem paixões e transformam São Sebastião da Boa Vista em palco de festa

Riulen Ropan
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Se em Parintins o festival folclórico e a rivalidade fica por conta dos bois Caprichoso e Garantido, no Pará, em São Sebastião da Boa Vista, no coração da Ilha do Marajó, quem se destaca são os bois Estrela Dalva e Malhadinho. Tradicionais, eles dividem a paixão dos moradores e transformam o pequeno município em palco de uma das celebrações culturais mais vibrantes do Pará.

Com mais de quatro décadas de rivalidade, as apresentações dos bois já se tornaram parte essencial da identidade cultural do município. Ao som de toadas emocionantes e impactantes, o espetáculo ganha vida com a presença dos bois, da sinhazinha, do pajé e de diversos outros personagens que contagiam e encantam os apaixonados pela tradição.

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A trajetória do Boi-Bumbá Estrela Dalva 

O Boi-Bumbá Estrela Dalva nasceu em 22 de agosto de 1954, fruto de uma roda de amigos liderada por Sebastião dos Santos, o “Mestre Sabazinho”, considerado o precursor da tradição no município. Em uma noite estrelada, Sabazinho sugeriu a criação de um grupo folclórico para animar a comunidade. Ao olhar para o céu, inspirou-se na Estrela D’alva para batizar o boi, que ganhou como símbolo a estrela na testa e as cores preto e amarelo.

Com 71 anos de história, o Estrela Dalva mantém viva a tradição transmitida pela chamada “velha guarda”, ao mesmo tempo em que incorpora inovações que fortalecem sua identidade cultural. “Ao longo do tempo se tornou um patrimônio imaterial dos boavistenses. Um legado de tradição deixado pelos nossos antepassados que incentivava o amor pela nossa arte e a valorização ao nosso povo ribeirinho”, destacou Natalye Teixeira, da coordenação.

A trajetória do Boi-Bumbá Malhadinho 

O Boi-Bumbá Malhadinho surgiu em 1978, a partir da iniciativa do então prefeito Juarez Guimarães, que buscava oficializar a disputa entre bois em São Sebastião da Boa Vista. Para isso, convidou Lucival da Conceição, que organizou o grupo com jovens da paróquia liderados pelo professor Amiraldo Nahum Cena e moradores da comunidade. O nome Malhadinho foi escolhido por sugestão de Lucival.

Com 47 anos de fundação, hoje, o Malhadinho está organizado como uma associação cultural, com coordenação própria e equipes de gestão, finanças e produção artística. “O nosso objetivo é ampliar cada vez mais a atuação do Malhadinho e garantir que a tradição do boi-bumbá siga crescendo e alcançando novas gerações”, afirmou Everaldo Leitão, da coordenação.

Tradição que mantém viva a cultura do boi-bumbá

Mais que bois, eles simbolizam tradição, identidade e a paixão de um povo que transforma o pequeno município em cenário de festa e encanto, quem quiser conhecer mais sobre essa rivalidade e a história dos bois Estrela Dalva e Malhadinho poderá acompanhar uma reportagem especial no programa É do Pará, da TV Liberal, que vai ao ar no final deste mês.

(Riulen Ropan, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de oliberal.com)

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