Seu Jorge é uma das vozes potentes do Global Citizen Festival: Amazônia; veja a entrevista exclusiva
Em Belém, cantor se une a outros grandes nomes da música e do ativismo mundial para debates sobre as causas sociais e ambientais
Neste sábado, 1º, será realizado o Global Citizen Festival: Amazônia, no estádio do Mangueirão, em Belém. O evento, que reunirá um seleto grupo de líderes globais, ativistas, celebridades e inovadores das causas sociais, promoverá um verdadeiro debate sobre pobreza extrema e como proteger as pessoas mais impactadas pelas mudanças climáticas.
No palco que tem mais de mil peças de bambu e algodão, materiais naturais e renováveis, o line-up, que contará com apresentações de Anitta, Seu Jorge, Gilberto Gil, Charlie Puth, Gaby Amarantos, Chris Martin (Coldplay), Eric Terena, Kaê Guajajara e Djuena Tikuna. Além disso, Arraial da Pavulagem, Alane Dias, Concita Sompré (presidente da FEPIPA) e Luiza Zveiter (jornalista) se juntarão ao show.
O Global Citizen Festival: Amazônia será coapresentado por Regina Casé, Mel Fronckowiak, Hugo Gloss e Isabelle Nogueira, com participações especiais de Rodrigo Santoro e Estêvão Ciavatta. O pré-show será apresentado por Markinho Pinheiro, locutor e apresentador da Liberal FM de Belém.
Ativo nas demandas sociais do mundo, Seu Jorge participou da edição de 2025 do Global Citizen NOW, em Nova Iorque, um dos principais encontros de líderes da organização Global Citizen. O artista está sempre atento em impulsionar ações em prol de um futuro sustentável.
Em conversa exclusiva com o Grupo Liberal, ele falou sobre a importância de ocupar os espaços com a sua influência, mas também como forma de aprendizado.
“A importância do Global, particularmente este ano, é que ele aconteça no Brasil, na Amazônia. Hoje, estamos ocupando um lugar de protagonismo dentro dessa questão, a questão do clima. Somos um país extremamente importante no mundo com esse papel de preservação. O Global Citizen vem para nos conscientizar. É muito interessante que seja na Região Norte, onde residem as complexidades para que a gente entenda a preservação de uma vez por todas e o que o povo brasileiro ganha com tudo isso. É muito importante, desde a Eco-92, que chegou, para mim, pelo menos naquela época, como um avanço no Brasil dentro desse roteiro de atenção mundial. Então, desde esse período, venho prestando atenção nessa questão do clima e como o Brasil se comporta em relação a isso. Fico muito honrado de estar participando”, pontua Seu Jorge.
“Acredito na possibilidade de aprendizado. Tem tanta gente capacitada e instrumentada no assunto, o país recebe muita gente importante do mundo: técnicos, cientistas e muitas pessoas envolvidas com essa matéria. Meu papel é ouvir, ter olhos atentos e alertas, e a audição aberta, para entender onde o país está e contribuir”, acrescenta.
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Com mais de três décadas de carreira, Seu Jorge é um dos artistas mais influentes da cultura brasileira e esse reconhecimento ultrapassa fronteiras. Além de projetos musicais e cinematográficos, ele também é CEO da Black Service, um espaço de produção cultural voltado à valorização de artistas negros no mercado.
“Acho que os artistas no Brasil têm demonstrado ao longo da história o seu interesse pela agenda do povo brasileiro. Toda matéria que entra, percebo que os artistas do país não só estão interessados em compreender essas agendas, mas em promovê-las, porque são positivas, como é o caso do Global Citizen para o nosso país, para o povo, para o Norte e para a Amazônia. É extremamente importante para que a gente ganhe visibilidade internacional com um projeto que, neste momento, acredito ter uma interferência positiva no turismo da região, impactando diretamente na economia local. Tudo isso é observado. Faz muito tempo que o mundo inclui o Brasil nas discussões importantes sobre o processo da qualidade de vida do ser humano e do planeta. O Brasil tem muito a contribuir com esses avanços”, disse.
Seu Jorge vai dividir o palco com Gilberto Gil, uma influência ativa nas causas gerais. Em Belém, eles serão os catalizadores das conversas transformadoras entre grandes mentes e os responsáveis pela tomada de decisões mais influentes.
“Recentemente, eu estive com o Gilberto Gil, no concerto dele, e ele comentou que também estaria participando do Global Citizen. É tão bom que a gente possa se encontrar em eventos como esse, com um entusiasmo de fazer parte desses momentos. Uma pessoa como o Gilberto Gil, que já tem tanto serviço prestado pelo Brasil e pelo mundo, estar com tanta disposição, energia, garra e vontade de participar, estimula e engradece muito. Eu, particularmente, fico muito estimulado e com muita vontade de estar junto, aprendendo com essas pessoas que têm uma inteligência fora do comum e uma experiência tão grande quanto. A gente conversa sempre que pode sobre essas questões, mas, sobretudo, quando a gente se encontra na realização e no ato dos projetos desses eventos”, relembra.
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