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"Griselda" na Netflix: História de narcotraficante é contada em minissérie

Em “Griselda" será conhecida a trajetória da ‘Madrinha da cocaína’ do Cartel de Medellín

Bruna Dias
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No dia 25 de janeiro, a Netflix libera no seu catálogo "Griselda". A minissérie é uma dramatização fictícia inspirada na vida da ambiciosa Griselda Blanco, que criou um dos cartéis do tráfico mais poderosos da história.

Ela foi considerada uma das maiores Narcotraficante colombiana e pioneira do crime organizado, e ficou conhecida como “Madrinha da cocaína” do Cartel de Medellín, durante as décadas de 1970 e 1980.

“Nossa série mergulha em momentos da vida de Griselda que foram os catalisadores de muitos de seus atos. Ela queria conquistar o máximo de poder possível, e nisso ela era implacável. Ela queria ser poderosa para cuidar da família, para fazer o que pudesse pelos filhos. Isso é algo que toda mulher, especialmente as que são mães, são capazes de compreender, entendendo ou não como ela lidou com a situação. No mundo dela, ela fez o que sabia. No fundo, só a Griselda de verdade poderia nos contar os motivos de cada um de seus atos”, disse Sofía Vergara, que está no papel da protagonista e como produtora executiva

Em Miami, nas décadas citadas, Griselda era uma mistura letal de charme e brutalidade. Características que ajudaram a criminosa a equilibrar com inteligência a vida familiar e os negócios obscuros.

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Além de Sofía, "Griselda" tem no elenco: Alberto Guerra, Christian Tappan, Martín Rodríguez, Juliana Aidén Martinez, Vanessa Ferlito e, estreando na frente das câmeras, Karol G.

“Mostramos um pouco da experiência de uma mulher traficante na primeira temporada de ‘Narcos: México’, e gostei bastante dessa parte do projeto, pois vimos como a vida das mulheres é difícil nesse mundo. Tivemos uma ótima oportunidade de mostrar esse lado desconhecido do tráfico, além de expor em detalhes como uma mulher lida com ele, seja como o elo mais fraco, seja como uma intrusa. Acho que ‘Griselda’ tocará as espectadoras de muitas formas, algo que nem sempre conseguimos fazer em ‘Narcos’”, disse Doug Miro, criador, co-showrunner e produtor executivo de “Griselda”.

A narcotraficante nasceu em 1943, e veio antes de Pablo Escobar, inclusive, foi a criminosa que criou os caminhos e as rotas de escoamento de drogas via Miami, que foram aproveitadas por ele. Aos 11 anos, Griselda já estava no crime, ela foi responsável pelo sequestro de um garoto de um bairro nobre próximo ao seu, sendo acusada também de tê-lo matado ao não receber o dinheiro do resgate. Detalhes dessa trajetória estarão presentes na minissérie.

Em 1975, Griselda foi indiciada por conspiração e tráfico de drogas. Ela voltou para a Colômbia antes de poder ser presa, porém, no início dos anos 80, retornou aos EUA quando eclodiram conflitos violentos e assassinatos com a epidemia do crime em Miami. Estima-se que sua rede de distribuição de drogas chegou a faturar US$ 80 milhões por mês.

A narcotraficante foi executada em 2012 em Medellín, quando saía de um açougue.

“A pesquisa foi fundamental. Não muito diferente dos jornalistas, mas com outro olhar, parte do nosso trabalho é chegar o mais próximo possível da verdade. Quando digo 'verdade', o que buscamos é a essência emocional dos personagens, o que vivenciaram e como seria se estivéssemos na pele deles. Para isso, é preciso ir além do que está escrito e do que foi publicado. É difícil fazer isso com Griselda, assim como com muitos traficantes que não têm tanto material publicado como Pablo Escobar. Por isso, tivemos que recorrer a absolutamente todas as nossas fontes. Na produção de ‘Griselda’, tivemos uma baita sorte. Depois de cutucar vários agentes do DEA, descobri que precisávamos falar com policiais de Miami, mais especificamente June Hawkins, que investigou Griselda. Nem sempre dá para fazer esse tipo de coisa acontecer, mas foi ótimo ter como fonte June e Al Singleton, que hoje são casados. Eles conseguiram nos trazer muitos detalhes e ideias sobre quem foi Griselda e como a história dela se desenrolou”, conta Miro.

Mas o que o público pergunta é sobre o quanto as narrativas dos fatos são verdades. Se “Griselda” chega com muita ou pouca ficção e o quanto ela chega semelhante a “Narcos”.

“Tivemos que tomar algumas decisões difíceis para nos afastarmos de algumas coisas de ‘Narcos’, e vejo isso com bons olhos. Grande parte dessa mudança se deve à influência do Andrés e ao foco dele ao criar uma obra bastante intimista, emocionante e do ponto de vista dessas duas mulheres”, disse.

“Queremos muito colocar o público na posição de Griselda ou de June para entendermos esses momentos de muita potência, emoção e experimentação na dramaturgia. Estilizamos o mundo de um jeito diferente para mergulhar o público em um emaranhado muito específico de emoções. Foi uma decisão difícil, de certa maneira condicionada. Mas foi muito libertador e grandioso fazer isso, que é o que dá o tom da minissérie. O Andrés vivia falando: 'Verdade, verdade, a gente quer verdade'. Estávamos sempre em busca da verdade emocional, mas fomos ainda mais além. A verdade dos momentos, da intimidade e do sentimento de cada personagem. Não exatamente o que aconteceu com aquela personagem. Para mim, essa decisão demandou muitos ajustes no que tínhamos em mãos e dizíamos: ‘O único jeito de isso dar certo é assim. Vamos arregaçar as mangas e fazer acontecer?’. Conseguimos. E fico muito feliz por isso”, acrescenta Miro.

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