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Abigshow: conheça a dançarina que há 30 anos faz sucesso na noite paraense

Bailarina tem a dança como uma das grandes paixões em sua vida e já participou em vários shows ao lado de professores de ritmos do Pará

Juliana Maia
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Brega, tecnobrega, lambada e merengue são ritmos que fazem parte da vida da dançarina "Abigshow" há 30 anos. Quando ainda era criança, como recomendação de um médico, ela inseriu a dança na sua rotina. De lá até então, Big teve a vida transformada pela arte de dançar e hoje é conhecida nas noites pelos figurinos coloridos e suas performances diferenciadas, fazendo participações em shows de artistas do Pará e em aulas, com professores de dança.

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Big, como é carinhosamente conhecida, sempre gostou de ouvir músicas, mas não costumava dançar. Para tratar uma doença grave, aos oito anos, ela entrou no mundo da dança e não parou desde então. Hoje, trabalhando na área da saúde, movimentar seu corpo e estar nas noites em casas de shows ajudam a lidar com a rotina pesada e difícil do dia a dia.

"A dança é tudo para mim. Me ajudou muito em momentos difíceis, sendo meu refúgio. Perdi pessoas queridas na minha vida e a dança foi uma das formas para eu esquecer esses problemas. O que eu digo é que isso mudou a minha vida, é minha terapia, me auxiliou bastante durante esses anos e continuou me ajudando", relembra.

Durante muitos anos, a dançarina paraense atuou como instrutora de dança particular e ensinava às pessoas o que aprendeu ao longo dos anos nas festas. Ao ser notada, Big começou a se apresentar em eventos e shows como a parceira de dança de professores de brega, se tornando uma referência entre os paraenses e fora do estado.

"Sou chamada para ir para as academias, para viajar fora do estado, já viajei muito para Macapá, mais de oito vezes. Já fui para Tocantins e tenho muitas outras viagens marcadas para ir para outros estados. Eu chamo um professor de dança que passa as aulas e vou acompanhando como dama, sendo uma influência para as mulheres que querem aprender", explica.

Com mais de 100 mil seguidores nas redes sociais, Abigshow chama atenção pela desenvoltura e passos ousados nas danças, especialmente no brega "passado" e merengue paraense. Nas suas postagens, a bailarina, que começou a dançar como dama em um campeonato, acumula elogios de fãs e admiradores que acompanham e se inspiram nas suas coreografias.

Amor pela dança

Há muitos anos, a dança era apenas um hobby, segundo conta a influenciadora do brega. Com o trabalho intenso e problemas de saúde dentro de casa, Abigshow viu nos eventos voltados para o brega, uma forma de extravasar e a lidar melhor com os desafios que apareciam em seu caminho.

image Paraense acumula fãs e admiradores dentro e fora do estado do Pará (Foto: Juliana Maia)

"Eu já amava dança, já tinha isso desde criança, via meu pai dançando. Na minha vida e no meu trabalho, quanto mais problemas aparecem, mais me agarro na dança, para justamente ter forças para viver e aprender a ser alguém mais paciente. Hoje, quando tenho um plantão cheio, saio, me arrumo e vou dançar, encontrar e fazer amigos, e consigo descartar, naquele momento, todas as coisas ruins que atravessam meu caminho", explica Abigshow.

Reconhecimento

No início, dentro dos salões de festas, a dançarina sofreu com o preconceito. Desde a primeira disputa em uma casa de shows, como dama, Big recebeu comentários negativos sobre suas coreografias. Recentemente, alguns de seus vídeos viralizaram, o que foi motivo de comemoração para ela ao ver que sua grande paixão, a dança, é admirada por pessoas de diferentes lugares.

"Foram anos e anos escutando palavras ruins e ameaças da minha família e de homens e mulheres em festas. Felizmente consegui quebrar essa barreira e continuar a fazer o que tanto amo. Hoje eu ouço elogios, as mulheres falam que se inspiram no que eu faço no salão e isso me faz feliz, porque vejo que o preconceito diminuiu e sou respeitada assim como respeito os dançarinos. Fico muito feliz, me emociono, por ser uma referência", diz a bailarina, emocionada.

(*Estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)

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