Médico que estuprou grávida durante o parto tem registro cassado pelo Conselho Federal de Medicina
Não cabe recurso da decisão. Giovanni Quintella Bezerra também teve habeas corpus negado na semana passada e segue preso
O Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou o registro profissional do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso após ser filmado estuprando uma paciente durante uma cesárea, em São João de Meriti, no Rio de Janeiro, em julho de 2022. A decisão é em caráter definitivo, ou seja, não cabe mais recurso junto ao órgão. Com isso, Giovanni está proibido de exercer qualquer atividade relacionada à medicina no Brasil, inclusive atendimentos clínicos e cirúrgicos ou nas áreas de pesquisa, ensino e gestão.
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Ele já estava impedido de exercer a atividade de forma definitiva na instância inicial, pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), órgão estadual que regula a classe. Giovanni Quintella Bezerra continua detido no presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio.
Na semana passada, o médico teve o pedido de habeas corpus apresentado pela Defensoria Pública, que o representa, rejeitado pelo ministro Ribeiro Dantas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado não reconheceu ilegalidades no processo. Outro pedido de liberdade provisória já havia sido negado pelo Tribunal de Justiça do Rio.
A defesa argumenta que o vídeo usado como prova é ilegal, pois foi feito sem conhecimento dos envolvidos, sem autorização da polícia ou do Ministério Público.
Relembre o caso
Profissionais de enfermagem do Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, São João Meriti, no Rio de Janeiro começaram a desconfiar do comportamento do médico e resolveram esconder um aparelho na parte interna de um armário do centro cirúrgico. Durante uma cesárea, Giovanni Quintella Bezerra foi filmado colocando o pênis na boca da paciente. O estupro durou cerca de 10 minutos. Após o crime, ele limpa a boca da mulher, que está desacordada.
Como estava na frente de um lençol que dividia os procedimentos, os demais profissionais presentes na sala não perceberam a ação do anestesista.
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