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Passei, e agora? Depois da festa o desafio de se adaptar à vida acadêmica

Confira o passo a passo do processo de matrícula o que os aprovados podem esperar do ensino superior

Camila Guimarães / Especial para O Liberal
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Depois de tanta expectativa e da alegria de ouvir o nome no Listão, chegou o momento de os calouros do vestibular 2022 encararem a nova realidade: o ingresso no ensino superior. Para os 6.546 aprovados na Universidade Federal do Pará (UFPA), é hora de focar no processo habilitatório para a matrícula, afinal, ter o nome na lista dos aprovados não significa, de fato, tomar posse da vaga.

Para isso, os calouros precisam ficar atentos ao edital de convocação para habilitação ao vínculo institucional, documento que descreve os primeiros passos para garantir a sua permanência, contemplando fases como pré-matrícula, comprovação de autodeclarações e entrega de documentos.

A primeira etapa do processo começou na última quinta-feira (24) e vai até as 16h do dia 6 de junho, com o preenchimento do Cadastro Online de Calouros. O estudante deve acessar a plataforma utilizando seu número de inscrição e RG informados na inscrição do processo seletivo.

Em seguida, deve ser feito o preenchimento do formulário com seus dados cadastrais para, então, enviar digitalmente a documentação exigida, de acordo com o grupo de vaga do qual faz parte: se ampla concorrência ou se por cotas (conforme descritas no item 4 do edital).

De modo geral, todos os calouros deverão enviar os seguintes documentos, além daqueles de situações específicas: comprovação do esquema vacinal completo para covid-19; CPF; RG; comprovante de residência; certidão de quitação eleitoral (para maiores de 18 anos); comprovante de quitação militar (para homens maiores de 18 anos); Histórico Escolar do Ensino Médio; Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou Diploma de Conclusão do Ensino Técnico Integrado ao Médio; uma (1) foto 3 x 4 recente e de frente e declaração de que não possui vínculo com outra instituição pública de ensino.

A segunda etapa de habilitação é a entrega presencial de todos os documentos, levando obrigatoriamente os originais e as cópias. Cada curso, turno e localidade terá uma data específica para esse procedimento, por isso, o calouro precisa conferir o calendário no Anexo 1 do edital de convocação, disponível no site da universidade.

Caso o aprovado não possa levar, pessoalmente, os documentos, a entrega presencial poderá ser feita por terceiro, desde que apresente procuração pública ou particular, com firma reconhecida em cartório.

Para os calouros que se enquadram no grupo dos autodeclarados negros (pretos ou pardos) ou indígenas, e também para os que concorrem às vagas de Pessoas com Deficiência (PcD), existem mais algumas etapas específicas. No caso dos primeiros, é a etapa de validação da autodeclaração, unicamente presencial, cujo calendário se encontra no Anexo II do edital.

Na ocasião, a Banca de Heteroidentificação ou Banca de Verificação da Autodeclaração Indígena vai confirmar se o estudante se quadrada na vaga indicada. Caso o candidato tenha sua autodeclaração indeferida, ele poderá interpor recurso no mesmo dia que receber o resultado. Recursos interpostos em outra data não serão reconhecidos.

Já aqueles que foram aprovados pela cota PcD, terão que passar pela Comissão Multiprofissional de Verificação (CMV), que avaliará os documentos submetidos pelo candidato no Cadastro On-line para comprovar a condição de pessoa com deficiência. Em caso de indeferimento, o calouro poderá interpor recurso no prazo de 48h a partir da publicação do edital com o resultado.

Ao concluir todas as etapas que forem necessárias, o calouro poderá aproveitar a sensação de ser, enfim, um estudante universitário, e vai começar a descobrir a nova realidade que o cerca, conhecendo os desafios e as grandes oportunidades disponíveis com o ingresso no ensino superior.

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Entrar na universidade é o começo de um processo de mudanças e adaptação

A pró-reitora de ensino de graduação da UFPA, Marília Ferreira, comenta que o estudante que começa o ensino superior passa, invariavelmente, por uma série de mudanças, partindo do modo como ele estava acostumado a estudar: “eu diria que a perspectiva do estudante muda. Ele vai entrar em contato com disciplinas distintas daquelas que ele conheceu na educação básica e no ensino médio. Agora, ele vai precisar fazer uma leitura de mundo mais ampla”.

Marília explica que o dia a dia da vida universitária vai exigir maior autonomia do estudante, uma habilidade que se espera que ele adquira ao longo do período de curso: “ele vai ter que participar das atividades, ser ativo nas aulas, conversar com os professores, com pesquisadores e, em alguns momentos, vai precisar buscar mais conteúdos além dos que ele acessa em sala de aula, indo atrás de novas referências e novas fontes”, explica.

Ao mesmo tempo, o ingresso na universidade abre uma série de oportunidades que o aluno poderá aproveitar, ampliando não apenas seus conhecimentos específicos, mas sua experiência de vida também. “Há uma série de trabalhos que o estudante pode ingressar, como os projetos de pesquisa, de extensão, de monitoria, de tutoria, entre outros. Ele não pode perder de vista as oportunidades que existem nos seus institutos e faculdades”, comenta a pró-reitora.

Entretanto, ela orienta que os novos alunos terão um tempo para se familiarizar com a nova realidade e saber qual caminho trilhar entre tantas alternativas: “Como calouro, ele vai precisar de um tempo, geralmente são os dois primeiros semestres, para se ambientar, aprender onde ficam as coisas, conhecer o que a instituição tem a oferecer e qual oportunidade se adequa melhor a ele”.

Para aqueles que sonham em alcançar os vôos mais altos possíveis, inclusive rompendo fronteiras, Marília comenta que a universidade oferece chances de ampliar os estudos em parceria com instituições internacionais: “A UFPA tem uma dimensão internacional muito forte, com possibilidades de bolsas no exterior e até mesmo oportunidades remotas de participar de aulas em instituições estrangeiras. Se ele não tiver o idioma, o aluno pode aprender uma nova língua nos Cursos Livres. De modo geral, nós temos muito interesse que o aluno desenvolva esse aspecto da educação internacional”, conclui.

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