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Padre Cláudio Pighin faz reflexão sobre o reconhecimento de Jesus na vida cotidiana; vídeo

O Evangelho usado é o de Lucas; texto conta a história de dois discípulos desanimados que tiveram um encontro com Cristo

Camila Azevedo

Reconhecer a presença de Jesus na vida cotidiana de cada um é a mensagem destacada na homilia do padre Cláudio Pighin, da Arquidiocese de Belém. O Evangelho do dia é de Lucas, capítulo 24, versículo de 13 a 35. Na leitura, o apóstolo conta a história de dois discípulos desanimados que iam em direção a comunidade de Emaús e encontraram com Jesus, sem o reconhecer de forma direta.

Confira um trecho: “E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús. E iam falando entre si de tudo aquilo que havia sucedido. E aconteceu que, indo eles falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam fechados, para que o não conhecessem”.

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Padre Pighin diz que o Evangelho analisado quer mostrar como Jesus se aproxima da vida de cada um para compartilhar e rever a presença de Deus. “Lucas diz que os dois discípulos estavam tristes, indo embora de Jerusalém em direção a aldeia de Emaús e, de repente, Jesus se aproximou deles e põe-se a caminhar sem ser reconhecido. Então, ele começou a compartilhar as preocupações dos dois através de um sincero diálogo”, explica.


“Isso mostra que o primeiro passo de aproximação a Deus da nossa vida é compartilhar a nossa realidade, as nossas frustrações e as nossas decepções. Em seguida, Jesus, que se apresenta como forasteiro, resgata as Sagradas Escrituras para explicar os acontecimentos que marcaram a vida deles. Através da Palavra de Deus, ajuda-os a adquirir sabedoria na compreensão da vida”, continua o padre.

A reflexão que Pighin faz é sobre a importância de manter familiaridade com a Palavra de Deus para compreender os eventos da vida. “Porém, ainda, os dois discípulos não compreenderam que aquele forasteiro era Jesus Ressuscitado. Isso significa que conhecer a realidade e conhecer a Palavra de Deus não são suficientes para descobrir a presença do Ressuscitado. Isso poderia facilitar uma amizade, uma solidariedade, mas nada além disso”.

Junto à Sagrada Escritura, vem a necessidade de algo a mais: o alimento diário, que somente Jesus pode oferecer. “De fato, chegando a Emaús, eles insistiram para que Jesus ficasse com eles e, quando começaram a refeição, Jesus abençoou o pão, partindo-o entre eles e os dois discípulos o reconheceram. Porém, depois ele se tornou invisível diante deles e acrescentaram que, quando explicou para eles as escrituras sagradas, o coração deles ardia”.

“Os discípulos desanimado reconheceram Jesus somente depois da sagrada refeiçao, que é a ceia eucarística, portanto, para enxergamos a presença de um Jesus vivo na nossa vida, além de conhecermos a própria realidade da Sagrada Escritura, precisamos viver intensamente a Eucaristia, que é fonte da vida. Esse evangelho nos ensina o caminho para descobrirmos Deus na nossa vida”, pontua o padre.

A prova disso é que, em seguida, os discípulos partiram em retorno a Jerusalém, uma cidade que representava, em um certo sentido, o fim de tudo para eles. “Portanto, retorno, e não fuga, não desconfiança. Esperança, e não desespero. Com essa descoberta, eles reverteram a situação e se reuniram de novo com os outros discípulos para viverem o reencontro com o Ressuscitado. A fé em Jesus ressuscitado se realiza totalmente quando pode se expressar a comum profissão de fé, junto a Pedro e aos 11”, finaliza.

Belém