Padre Cláudio Pighin faz reflexão sobre a vida com Deus em homilia; vídeo
O Evangelho de João é o texto usado como base para explicar a necessidade do reconhecimento de Cristo como vida nova à humanidade

Reconhecer a totalidade de Jesus Cristo na vida de cada um é a reflexão feita na homilia deste final de semana do padre Cláudio Pighin, da Arquidiocese de Belém. O Evangelho de João, capítulo 9, versículos de 1 a 41 é o texto usado como base para a explicação que o religioso faz sobre a vida eterna com Deus.
Na leitura, o evangelista conta o momento em que Jesus cura o cego. A ocasião ocorreu em um sábado. Pelos costumes da época, os judeus não podiam realizar nenhum trabalho no sétimo dia da semana. Por isso, os fariseus - grupo que seguia à risca as leis religiosas - questionaram o milagre e a santidade de Cristo.
VEJA MAIS
“A cura do cego de nascença por parte de Jesus ilumina-me e faz refletir bastante. Assim, estamos vendo de um lado a ação de Jesus, que dá vida ao ser humano. Do outro lado, os fariseus, fiéis religiosos que observam ao pé da letra as leis. Portanto, contatos que Jesus prioriza as pessoas e os fariseus priorizam as leis”, afirma.
O milagre na prática
O texto em questão dá a certeza de que Deus quer ajudar a resgatar as pessoas em qualquer dificuldade da vida, afirmando que as leis estão a serviço do povo, não o contrário. Além disso, outro fator destacado pelo padre Pighin é a conversão do cego e como ele passa a professar a fé em Jesus.
“Com isso, já começa a alimentar em nós um certo interesse por saber como se pode chegar a fazer essa profissão de fé. Mas, por que Jesus quis sarar o cedo de nascença? Quis mostrar que todos nós, de certa maneira, somos cegos, porque sabemos enxergar o mundo, aquilo que é material, e não temos os olhos da fé”, explica o religioso.
Convite
O convite que Jesus faz à humanidade de uma experiência de descobrir o novo mundo, aquilo que está mais à frente do que os olhos do corpo podem ver, é um dos focos do Evangelho, ressalta o padre. A vida eterna, que não termina com o fim desta geração, é o verdadeiro chamado exposto no texto.
“Nesse caso, não se trata de crer genericamente em Deus, mas crer em Cristo é o caminho para fazer essa profissão de fé que o evangelista nos mostra; é a descoberta gradual do cego sobre quem é Jesus, de fato. No começo, para o cego, Jesus era um simples homem. Depois, o proclamou profeta e se ajoelhou perante Ele”, diz.
Padre Pighin completa a reflexão com uma pergunta: “Eu, a que ponto estou neste caminho? Quem é Jesus de Nazaré para mim? Não é o suficiente para se dizer cristão, conhecê-lo e admirá-lo como profeta. Mas, é preciso fazer um salto de qualidade mediante o qual nós o proclamamos como nosso Senhor e o adoramos como Deus”.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA