Moradores de quatro bairros de Belém sofrem com a falta de água nesta segunda-feira (15)

A manhã desta segunda-feira (15) foi de transtorno para os moradores da Pedreira, próximo ao canal da travessa Pirajá, que sofrem com a falta de água constante na região. Outros três bairros também foram atingidos: Telégrafo, Umarizal e Sacramenta. Atividades, como lavar roupa e fazer comida, precisaram ser adiadas pela população que aguardava a normalização do serviço para dar continuidade nos afazeres. Por volta das 11h50, as torneiras ainda não tinham a quantidade ideal para que tudo retornasse sem maiores problemas. Alguns estabelecimentos comerciais que abriram no perímetro durante o feriado não sentiram os impactos por conta da presença de poço artesiano para evitar situações como essas.

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Apesar de atual, o problema não é novidade na área. A rotina conta com falta de água pela parte da tarde e noite, normalizando, mais ou menos, entre 6h e 7h do dia seguinte, conforme relatam os moradores. Dona Maria da Conceição Miranda, de 63 anos, foi pega de surpresa, levando o preparo do almoço a ficar atrasado. “Hoje acordei às 10h porque não tinha nada para fazer, não tinha água. Está voltando, mas está fraquinha. Para quem mora nos altos, a água não sobe. A comida está ali, esperando normalizar para poder fazer”, desabafa.

Além de ficar sem ter como cozinhar, também foi difícil lavar as roupas. A pouca água que saía das torneiras era de um aspecto amarelado e com cheiro de lama, abrindo risco para manchar os uniformes escolares que os netos da Dona Maria usam. A solução foi, então, juntar os tecidos escuros para adiantar. “Até a água do filtro está bem fraquinha, nem consigo limpar a casa. A roupa está há quase uma hora na máquina e ainda não encheu. Eu só coloquei roupa escura, não pode colocar roupa clara porque se não mancha tudo, fica tudo encardido, não limpa nada”, relata.

Os transtornos chegaram também na casa da Thaís Tavares, de 31 anos. Ela mora de frente para o canal da Pirajá desde 2019 e já se acostumou com a situação, sentindo quando a água começa a dar sinais de que vai faltar, já pela parte da tarde, e se prepara para não ter grandes dificuldades. As atividades que precisavam ser feitas, como cozinhar, também foram atrasadas. “Quando acordei, a água estava fraca, pensava até que tinham mexido, mas era falta mesmo, isso é constante. Ainda não fiz comida porque, como estava com falta, fiquei balançada. Às vezes, de manhã é bacana, mas de tarde fica bem fina”, diz.

Em nota, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informou que o sistema que abastece os bairros que sentiram a falta de água passou por manutenção “em caráter de emergência'', por esse motivo o abastecimento ficou intermitente. “O serviço foi concluído e o abastecimento já retorna de forma gradativa para essas áreas”, informou o posicionamento.