Minha Casa, Minha Vida Rural: construção de 45 novas habitações na ilha do Combu inicia em setembro

A assinatura da liberação dos recursos para construção foi feita nesta sexta-feira (22) pelo ministro das Cidades, Jader Filho

Gabriel Pires e Jéssica Nascimento
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As obras do Programa Minha Casa, Minha Vida Rural, na Ilha do Combu, em Belém, devem começar em setembro, de acordo com o Ministério das Cidades. A iniciativa prevê a construção de 45 novas moradias e a assinatura da liberação dos recursos para construção foi assinada nesta sexta-feira (22) pelo do ministro das Cidades, Jader Filho, durante cerimônia na Agência do Sebrae da ilha. Para a execução das construções, o Governo Federal investirá R$ 3,3 milhões.

Além disso, a Companhia de Habitação do Pará (Cohab) participará com outros R$ 1,7 milhão, totalizando um investimento de R$ 5 milhões. Já a construção ficará sob responsabilidade da Associação Agroextrativista do Combu e da Central de Movimentos Populares (CMP). Na ilha, também serão realizados projetos de abastecimento de água de água, com um investimento previsto de R$ 22,4 milhões.

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A iniciativa da construção de moradias de madeira, do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), é considerada inédita. “É um projeto totalmente sustentável, que inclui captação de água da chuva e o uso de madeira proveniente de apreensões realizadas por órgãos de controle, como a Semas. Vamos tratar o esgoto, levar água de qualidade e instalar banheiros, permitindo que famílias que nunca tiveram acesso a esse tipo de infraestrutura possam ter um banheiro digno e criar seus familiares com segurança”, afirma Jader Filho.

“A maioria desses projetos é voltada, principalmente, para as mulheres, especialmente às extrativistas das ilhas de Belém. Esse é um projeto que será apresentado na COP, mostrando ao Brasil e ao mundo como a iniciativa Minha Casa, Minha Vida continua inovando para atender às diversas necessidades e especificidades do país”, acrescenta o titular do Ministério das Cidades.

Expansão

Jader Filho também afirmou que são mais de 40 casas destinadas à ilha de Belém e que já está em diálogo com associações e com o município para ampliar o projeto. Ele informou ainda que, a partir de 3 de setembro, será aberta uma nova seleção do Minha Casa, Minha Vida Rural, voltada para pescadores, extrativistas, pequenos agricultores e ribeirinhos.

“A gente vai continuar avançando aqui com mais uma etapa do programa. A partir do dia 3 de setembro, será aberto também o sistema para a modalidade Minha Casa, Minha Vida Entidade, destinada às organizações que atuam na luta pela moradia. Essas entidades poderão submeter seus projetos, e nosso objetivo é que essas iniciativas cheguem às cidades paraenses, assim como a todo o Brasil”, destaca o ministro.

Qualidade de vida

Uma das beneficiárias do projeto é a moradora Ângela Soares. Antes, ela vivia a dificuldade de não ter uma moradia digna e afirma que o projeto trará uma nova realidade para ela, o filho e dois netos. “Eu estou me sentindo muito feliz que ganhei essa nova casa, porque eu me via triste dentro dela, quando vinham as enchentes. Eu tinha que estar dentro da água dia e noite. E eu não tinha sossego, vivia chorando, mas eu pedi a Deus que eu tivesse algum lugar digno para morar”, conta.

Melhoria

O mesmo sentimento é compartilhado pelo pescador Isaías Cruz, também morador do Combu: “Moro no Combu desde que nasci. Esse é o único projeto que funcionou. É um grande acontecimento para a gente que mora aqui na ilha. É o primeiro projeto que alcança a gente. É um projeto que desperta interesse em todos nós, porque todos conhecem a estrutura das nossas casas. Estou muito ansioso para que o projeto finalize”, relata ele, que já está na expectativa para conhecer a nova casa.

A dona de casa Franciane Silva também foi uma das contempladas pelo projeto. Atualmente, ela mora com os pais também em uma casa às margens do rio e projeta melhoria de vida na nova casa, que é um sonho dela: “No momento, eu não tenho condições de construir uma casa do zero. E esse programa veio numa boa hora, graças a Deus deu tudo certo. Hoje, eu moro com meus pais e lá somos sete pessoas”, declara.

Habitação sustentável na Amazônia

Além das moradias, a Companhia de Habitação do Pará (Cohab) vai erguer uma Unidade Habitacional Sustentável, que servirá de anexo ao projeto. O espaço contará com biodigestor, telhas ecológicas e tijolos sem queima feitos de caroço de açaí — tecnologia que busca unir aproveitamento de resíduos e redução de impactos ambientais.

De acordo com o cronograma, as casas devem ser entregues antes da 30ª Conferência da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em novembro de 2025, em Belém. Inicialmente, as unidades serão usadas para hospedar visitantes durante a conferência internacional. Depois, serão destinadas às famílias ribeirinhas da comunidade do Combu.

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