Macacos do Bosque: Semma diz que laudo da UFRA sobre mortes foi inconclusivo
Outro laudo na apuração das mortes dos animais ainda deve ser apresentado pela Polícia Cientifica do Pará em agosto

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), por meio do Departamento de Gestão de Áreas Especiais (Dgae), informou, na tarde desta quara-feira (20), que o resultado do laudo emitido pelo Departamento de Patologia da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) sobre a morte dos macacos da espécie macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus), do Parque Zoobotânico Bosque Rodrigues Alves, foi inconclusivo, ou seja, não foram detectadas possíveis lesões que informassem a natureza dos óbitos dos macacos. Outro laudo deve ser apresentado pela Polícia Cientifica do Pará em agosto.
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O órgão afirmou que o monitoramento dos macacos é feito de forma conjunta pelo Instituto Evandro Chagas, Polícia Cientifica, Delegacia de Meio Ambiente e Proteção Animal, Universidade Rural da Amazônia (UFRA) e Coordenação de Fauna do Bosque Rodrigues Alves, responsável pelo monitoramento de novas ocorrências.
Durante o processo de monitoramento, foram feitas capturas de animais que receberam microchips, para que se tenha maior controle de possíveis doenças, e quantificar o número de macacos existentes, considerando que os macacos vivem soltos nos 15 hectares do Parque Zoobotânico.
Em nota, a Ufra afirmou que todo o trabalho de necropsia dos macacos, que estava sob responsabilidade da Ufra, através de solicitação do Bosque Rodrigues Alves, foi concluído e encaminhado ao requerente. "Quaisquer informações adicionais devem ser solicitadas ao Bosque, que foi a instituição demandante. Não cabe à Ufra se manifestar sobre o laudo já entregue", acrescentou.
Relembre o caso
Os macacos foram encontrados mortos, na manhã do dia 3 junho, em dois pontos diferentes do Bosque Rodrigues Alves: na travessa Lomas Valentinas, esquina com a avenida Almirante Barroso, e na travessa Perebebuí com a Almirante Barroso, no bairro do Marco. A informação foi confirmada pela direção do espaço, durante entrevista coletiva no mesmo dia. O fiscal Moisés Cunha foi quem encontrou os animais. Um primeiro grupo com quatro macacos foi localizado por volta das 10h; o outro ao meio-dia.
“A gente acredita que eles tenham morrido na madrugada, porque os corpos estavam novinhos. Não estavam em decomposição. Em 14 anos trabalhando aqui, nunca tinha visto. A gente fica preocupado, apreensivo”, explicou Cunha.
Ao todo, 12 animais foram encontrados mortos no Bosque Rodrigues Alves, sendo que um deles foi encontrado em avançado estado de decomposição. Desde 18 de junho, não foram mais detectados óbitos de macacos no Bosque.
Até que o resultado do laudo sobre as investigações seja concluído, o Bosque Rodrigues Alves continua fechado para o público.
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