Visagens do antigo 'Leprosário do Guamá' assombram moradores da área até hoje

As residências possuem parte da estrutura original do 'Hospício dos Lázaros' e relatos assustadores

O Liberal

O halloween está próximo e, nesse período, é comum que algumas pessoas se reúnam para realizar brincadeiras assustadoras, contar histórias, se fantasiar de monstros e se divertir com os amigos e a família. Mesmo sendo uma data que tem mais força para os americanos, há que curta brincar bastante por aqui também.

Em Belém, são várias as histórias de lugares mal assombrados e cheios de histórias de arrepiar os cabelos dos braços. Visagens e assombrações, inclusive, fazem parte do imaginário amazônicos.

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Dessa vez, vamos contar um pouquinho da história do antigo leprosário do Guamá, que foi desativado há quase 90 anos e é recheado dessas histórias um tanto, assombrosas. No passado, o local recebia pessoas acometidas pela hanseníase e várias delas acabaram morrendo e sendo enterradas no local. Cenário perfeito para muitas histórias de terror, não é mesmo?

Os guamaenses mais antigos, que fixaram residência na área onde o leprosário existia, falam sobre o que aconteceu com esses pacientes e abriram à nossa reportagem outras histórias, sobre aparições de visagens que acreditam ser dos leprosos que viveram no local.

"A minha mãe dizia que, desde muito nova quando se mudou para cá, via vultos. Ela achava que eram dessas pessoas que morreram aqui. As vezes, quando ela estava na sala, se assustava com uma pessoa vestida de branco indo para o banheiro. Não se sabe se eram os médicos que também morreram ou os próprios doentes. Às vezes parecia uma criança. Vinha do quintal e entrava. Ela ainda ia olhar, mas não era ninguém. Não tinha ninguém em casa", conta a dona Ana Maria Ramos, de 75 anos, que mora no exato local onde ficava o hospital do leprosário.

image Parte da parede do hospital que ficava dentro do leprosário. (Reprodução: Arquivo pessoal)

A história

No quintal da casa onde a dona Ana Maria vive com o marido, o seu José Messias de 78 anos, ainda está parte da construção das paredes do "Hospício dos Lázaros", como eram chamados os hospitais, na época.

"Sempre escutei muitas histórias. Porque aqui era onde eles sofriam, a parte do hospital onde eles ficavam. Já que não tinha remédio, nem tratamento, eles sofriam mesmo, sentiam muita dor. Acho que eles morreram e ficaram 'penando' aqui", relata a moradora.

Segundo eles, os filhos do casal também contam histórias de pessoas ou visagens que teriam visto no quintal da casa. "Aqui sempre foi estranho. Meus filhos chegavam tarde da faculdade ou quando voltavam da casa da namorada, mais de meia noite, e diziam que viam pessoas e corriam daqui. A gente lembra até hoje dessas histórias, até brincamos com eles", fala dona Ana.

Ela disse que onde as casas foram erguidas, em frente a sua residência, os primeiros moradores do local chegaram a encontrar pequenas sepulturas no terreno. "Há uns 50 anos, quando a gente veio morar para cá, várias pessoas que compraram casas aqui na frente, disseram que acharam sepulturaszinhas de madeira onde os doentes eram enterrados. Lá que era o cemitério do leprosário. Eles morriam aqui e eram levados pra essa parte", afirma.

image Seu José Messias mostrando parte da parede do leprosário que ainda está no quintal de sua casa  (Reprodução: Arquivo Pessoal)

Barulhos estranhos

Dona Ana Maria e seu marido ainda falaram sobre alguns acontecimentos estranhos em sua residência, que ocorrem até hoje. Ela disse que várias vezes também ouve passos na parte de cima de sua casa.

"Eu nunca vi nada pessoalmente. Só escutamos muito barulho aí para cima, como se fosse alguém andando. A gente ouve e diz 'olha, tão andando aí para cima', às vezes até achávamos que eram as cachorrinhas, mas quando vamos ver não tem ninguém. Eu tinha muito medo quando era mais nova, pois eram umas pisadas fortes mesmo. Agora, eu continuo ouvindo, mas nem vou olhar", finalizou.

Texto: Maiza Santos, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali

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