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Governador liga execuções na Cabanagem às ações de milícias na Grande Belém

Helder diz que "não vai tolerar" ações e que policiais devem "promover Justiça" legalmente

Redação integrada
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O governador Helder Barbalho afirmou esta manhã que as cinco mortes ocorridas na Cabanagem, no final da tarde desta terça (1), possivelmente ligadas à morte do cabo da Polícia Militar, Davi Ortega Lira Monteiro, executado com nove tiros no dia 31 de dezembro, também na área da Cabanagem, teriam relação com a ação de milícias na Grande Belém.  

"Ontem [terça-feira, quando ocorreram as cinco mortes na Cabanagem], tivemos mais um episódio onde claramente caracteriza-se um processo de execução. E, muito provavelmente, nós estamos diante de um continuado ato promovido por milícias", disse Helder Barbalho esta manhã, durante o ato onde convocou os comandos das forças de segurança do Estado para anuncia medidas de reforço ao combate à crminalidade e à violência no interior e na Grande Belém

"Quero deixar muito claro, e disse isso ao delegado geral da Polícia Civil [Alberto Teixeira] e ao secretário de Estado de Segurança Pública [Ualame Machado]: nós não iremos tolerar que estas práticas continuem em nosso Estado", disse o governador. "Se alguém imagina que fazer justiça é se comportar como bandido, se assemelha a bandido. E nós temos a Polícia Militar do Estado, a Polícia Civil do Estado, os órgãos de segurança para estes, legitimamente, promoverem a Justiça neste Estado".


APURAÇÃO

A Polícia Civil informou à Redação Integrada de O Liberal esta quarta-feira (2) que a Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos já identificou um dos três suspeitos do assassinato do cabo PM Davi Ortega Lira Monteiro. O militar foi executado com nove tiros, na rua Dom Manuel, no bairro do Parque Verde, em Belém.

De acordo com a polícia, a principal linha de apuração da morte do PM aponta para crime de latrocínio - roubo seguido de assassinato. A arma do cabo, uma  pistola ponto 40, foi levada pelos criminosos após a execução.

Nesta quarta, o governador e o secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Segup), coronel Arthur Moraes, anunciaram que 400 agentes de segurança pública passarão a reforçar ações de combate à violência na Região Metropolitana de Belém, nos bairros da Cabanagem, Bengui, Guamá e Terra Firme, e também em seis municípios paraenses: Altamira, Marabá, Santarém, Redenção, Castanhal e Abaetetuba. Helder Barbalho também oficializou o pedido de apoio de 500 homens da Força Nacional ao governo federal para conter o problema da violência no Estado   

O cabo estava de folga e comemorava o fim do ano com familiares, na casa da sogra, quando três homens em duas motocicletas passaram pela rua. Ao avistar o PM, o trio parou em frente à residência e efetuou seis disparos em sua direção. Quando fugiam do local, os executores retornaram e efetuaram outros três tiros na vítima, que já estava caída. Ortega atuava no 20º Batalhão da Polícia Militar e integrava o Programa de Proteção do Estado: havia sofrido tentativa de homicídio recentemente.

A Polícia Civil também afirmou à Redação Integrada de O Liberal, esta na manhã (2), que ainda não há "nada de concreto" em relação à apuração dos cinco assassinatos ocorridos no bairro da Cabanagem no final da tarde da última terça-feira (1). A polícia diz que as investigações estão em andamento na Divisão de Homicídios, mas não há, por enquanto, definição da autoria das execuções nem de motivações.

A hipótese dos assassinatos terem relação com a execução do cabo Davi Ortega não foi descartada, mas a polícia diz que é cedo para afirmar a ligação. 

CHACINA

Os cinco homens assasinados na Cabanagem foram mortos em pontos distintos da localidade. De acordo com informações de testemunhas à polícia, quatro atiradores chegaram em dois carros. Três das vítimas conversavam os criminosos se aproximaram, e fugiram correndo. Foram perseguidos e executados.

Os mortos são Danrley Gomes Carvalho, 20 anos; Leonardo Balieiro Lobato, 20 anos; e Edivan Gonçalves dos Santos, que atendia pela alcunha de "Pecan", com idade ainda não divulgada, além dos mototaxistas Luan Ferreira Borges, de 24 anos, atingido na avenida Benjamin com rua Lisboa; e Ivanildo Souza de Andrade, 28, conhecido como "Bill", morto na rua Lisboa, próximo à avenida Benjamin. 

A polícia diz que, até esta quarta, ainda não tem pistas concretas sobre os autores e a moticação dos assassinatos ocorridos na Cabanagem.  

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