Gordura no fígado: saiba como evitar a doença relacionada ao consumo de alimentos gordurosos
Prevenção à enfermidade inclui a prática regular de exercícios físicos
Em geral, o paraense não dispensa comidas gordurosas e com açúcares, como coxinha, unha de caranguejo, pastel, churrasco, vatapá e maniçoba. Mas é preciso tomar muito cuidado com o excesso desses petiscos e iguarias, para não ter complicações como a gordura no fígado. Por isso, apostar nas frutas e verduras, além de praticar exercícios físicos é fundamental. O alerta nesse sentido é feito pela médica hepatologista Deborah Crespo, que observa um crescimento de casos no Brasil, inclusive, no Pará.
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Essa doença apresenta-se como o acúmulo de gordura no fígado, chamada de esteatose hepática, que pode estar associado a processo inflamatório (esteato-hepatite) e evoluir para formação de fibrose hepática, podendo levar à cirrose hepática e também ao câncer primário de fígado.
"Temos observado números crescentes de casos, principalmente em virtude de fatores associados como obesidade e diabetes. Temos no Pará uma culinária rica em carboidratos que se não houver equilíbrio alimentar e prática regular de atividade física, podemos aumentar o risco de gordura no fígado, inclusive, em crianças", destaca a médica.
Entenda os riscos da esteatose hepática
Deborah Crespo explica que a esteatose hepática funciona como a resposta do fígado à síndrome metabólica, que está frequentemente associada à hipertensão arterial, resistência insulínica e diabetes. A síndrome metabólica é uma doença associada à obesidade, resultando da alimentação inadequada e do sedentarismo, e tem por base a resistência ao hormônio insulina.
Sobre o tratamento, a médica informa que "muitas linhas de pesquisa estão sendo desenvolvidas na busca de uma medicação específica, porém as evidências mostram melhor efetividade em dietas com redução ou restrição de carboidratos e atividade física regular".
"Como está relacionado frequentemente a alterações metabólicas, consideramos uma condição que pode e deve ter controle para evitarmos complicações", explica a hepatologista.
Atenção ao consumo de alimentos
Leonardo Sampaio, 19 anos, mora no bairro Umarizal e cursa o quarto semestre de Medicina. Ele busca manter uma alimentação saudável e não dispensa exercícios físicos.
O estudante compartilha a dieta para se manter saudável: "Eu tento me cuidar comendo alimentos não processados, me alimentando com alimentos saudáveis; pela manhã, geralmente eu como frutas, pão, suco, leite; no almoço, eu me alimento com bastante proteína, carne, frango, peixe, também, arroz integral de que eu gosto bastante, macarrão integral, também, feijão, e sempre muitas verduras e saladas", conta. À tarde, mantém o mesmo pique, inclusive, evitando refrigerantes e frituras".
Uma coxinha ou uma unha de caranguejo não são atrativos para Leonardo. Ele revela que, quando consome algum alimento desse tipo, o faz no fim de semana ou uma vez ao mês.
"Isso porque eu sei que esses alimentos fazem mal à saúde a longo prazo; a gente vê muito isso no curso (universitário) que a alimentação está envolvida com todo processo de doença, e, então, a gente tem que se alimentar bem para evitar doenças a longo prazo, de diversos tipos, como o câncer, vários problemas de saúde", enfatiza. Por isso, como frisa, ele preza por se alimentar bem e por praticar musculação.
Como evitar o acúmulo de gordura no fígado
O crescimento de casos casos se dá em virtude de fatores associados como obesidade e diabetes, mas pode ser evitado. Confira as dicas:
- Deve-se evitar alimentos com açúcares e carboidratos;
- Necessidade de equilíbrio alimentar e prática regular de atividade física;
- Tratamento pode incluir dietas com redução ou restrição de carboidratos e atividade física regular.
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