Procissão fluvial centenária celebra São Pedro nas águas da Ilha de Mosqueiro, em Belém

Evento religioso e cultural é mantido por famílias de pescadores há mais de 100 anos

Amanda Martins e Gabriel da Mota
fonte

Uma das mais tradicionais manifestações de da região ribeirinha paraense ganhou as águas da Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, na manhã deste domingo (29/06), durante a procissão fluvial em homenagem a São Pedro, padroeiro dos pescadores. Com barcos enfeitados por flores, bandeirolas e tecidos coloridos, os fieis percorreram a Baía do Sol para marcar o Dia de São Pedro, celebrado com alegria e devoção.

VEJA MAIS

image Papa Leão XIV dá início à festa de São Pedro e Paulo e lança campanha de doações para a Igreja
Leão XIV celebrou missa na Basílica de São Pedro e, durante a prece de Angelus, agradeceu aos doadores que contribuíram, dizendo que o apoio financeiro deles era um "sinal de união" com seu jovem pontificado

image Qual o santo de hoje, 29 de junho? Veja a oração de São Pedro
São Pedro, padroeiro dos pescadores e da Igreja Católica, é celebrado no dia 29/06 pela Igreja Católica

image Saiba como fazer a simpatia da chave embaixo do travesseiro para abrir caminhos
Ação é atribuída a São Pedro e promete resultados poderosos para quem realiza

A celebração é centenária: são 107 anos de tradição na ilha. A programação teve início ainda cedo, por volta das 7h, com um café da manhã no Terminal Hidroviário de Mosqueiro, reunindo moradores, turistas e integrantes de colônias de pescadores da região. 

Logo após, as embarcações se deslocaram para o Porto do Pelé, no furo do Maracajá, ponto de partida da procissão fluvial. O trajeto pelas águas durou cerca de duas horas e terminou no mesmo terminal, por volta das 11h.

Procissão fluvial centenária celebra São Pedro nas águas da Ilha de Mosqueiro, em Belém

A organização da festividade é feita pela Paróquia São Pedro Pescador, localizada na Baía do Sol, com apoio da Subprefeitura de Mosqueiro e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Belém. Segundo o subprefeito do distrito, tenente-coronel Renato Brandão, a festa tem origem em 1918 e carrega um forte valor simbólico para os moradores da ilha.

“São 107 anos de uma festa que nasceu com Isabel Palheta e a Colônia de Pescadores local, em um período em que a pesca já era a base da economia da ilha. A devoção a São Pedro surgiu justamente como uma forma de pedir proteção e prosperidade para o trabalho no mar”, explicou o subprefeito. 

Ele destacou que, além da procissão fluvial, a programação inclui missas, apresentações culturais, pequenas procissões nos bairros e eventos na orla do Areão.

A procissão deste ano contou com dezenas de embarcações de pequeno e médio porte, todas ornamentadas com muito cuidado pelos fieis. Entre elas, estava a do grupo de pescadores “Fígados de Aço”, que acompanha a festividade há gerações. O atual presidente do grupo, Francisco Vieira, de 46 anos, contou que a tradição foi herdada da mãe, uma das responsáveis por manter viva a devoção.

“A festividade é muito boa, é uma tradição que vem da minha mãe. Ela que era dona da festividade, e a gente continua com esse amor por São Pedro. Hoje vamos acompanhar de rabeta, e nosso barquinho está enfeitado com bandeirolas, com bebida, tudo representando a festa junina e a nossa equipe”, disse Francisco, enquanto preparava a embarcação para o trajeto.

A coordenadora geral da festividade, Vanda Palheta, de 54 anos, destacou que a procissão fluvial representa o ponto alto da celebração em honra a São Pedro. Segundo ela, este é o momento de maior emoção para os devotos e para sua família, que há mais de um século mantém viva a tradição na Ilha.

“Esse é o ápice da nossa festividade, é o dia Dele, o momento em que a gente agradece e louva a importância de São Pedro na nossa história. São anos de devoção que começou com a minha avó, passou pela minha mãe, e agora, estão nas mãos dos filhos”, afirmou Vanda.

Ela também celebrou o retorno da banda de São Caetano de Odivelas, ausente há dez anos por conta da saúde da mãe. Para Vanda, a presença do grupo musical representa uma grande emoção e uma homenagem especial.

O percurso pelas águas foi acompanhado por cânticos, orações e saudações ao santo, em um clima de confraternização. Ao final da procissão, a programação seguiu com celebrações religiosas, como a missa no Santuário Nossa Senhora do Ó, na Vila. 

Também serão realizadas outras pequenas procissões em bairros como Vila e Maracajá, além de atrações culturais que movimentaram a orla do Areão durante o restante do domingo.

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM