Funcionário é visto recolhendo pipa de uma das pistas do Aeroporto Internacional de Belém
Assim como os balões, bastante comuns nos festejos do mês de junho, as pipas representam um perigo para a decolagem e pouso das aeronaves

Um funcionário da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) foi visto, na tarde desta terça-feira (11), retirando uma pipa de uma das pistas do Aeroporto Internacional de Belém, no bairro de Val-de-Cans. O colaborador, não identificado, avistou o objeto, do tipo “rabiola”, e desceu do veículo oficial da Infraero para evitar com que algum acidente com aeronaves ocorresse. Assim como os balões, bastante comuns nos festejos do mês de junho, as pipas representam um perigo para a decolagem e pouso das aeronaves. A reportagem procurou a empresa para explicar, por exemplo, se este é um problema recorrente na área do aeroporto, como são feitas as fiscalizações e quais protocolos são adotados em caso de flagrante.
A Infraero respondeu que “para mais informações sobre a situação dos voos, orientamos contato com as empresas aéreas”. As companhias foram procuradas. A Latam Airlines disse que o assunto é de competência da Infraero. A Azul pediu um pouco mais de prazo para responder aos questionamentos. Até a publicação desta matéria, a Gol não deu retorno.
Durante o mês de julho, em decorrência das férias escolares, as pipas se tornam uma opção de entretenimento para a garotada. Por outro lado, também representam perigo, principalmente quando há a utilização da linha com cerol, que a torna um objeto cortante.
No último sábado (8), mais de 30 rolos de linhas com cerol foram apreendidos por órgãos do sistema de segurança pública do Pará, durante a operação “Tolerância Zero”, na praia do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste paraense; e no distrito de Mosqueiro, em Belém.
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Somente em 2022, segundo a Equatorial Pará, foram registradas mais de sete mil ocorrências de incidentes ligados a essa recreação. Em 2023, de janeiro a maio, a concessionária já registrou cerca de 1,8 mil reclamações de falta de energia, que tinham como causa principal as pipas e as linhas enceradas utilizadas para empiná-las, que ficam presas na rede elétrica.
Decreto
O governador Helder Barbalho sancionou em maio de 2022 a Lei 9.597, que proíbe o uso, a posse, a fabricação e a venda de linhas cortantes com cerol, “chile” e similares no Pará. A medida visa prevenir os constantes acidentes com pedestres, condutores de motocicletas e ciclistas.
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