Familiares de vítimas da violência realizam ato em Belém neste domingo

Mobilização 'Amor sim, morte não', organizada pelo Movida, reuniu pessoas com história de dor e luta por justiça

Fabrício Queiroz
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Pais, familiares e amigos de vítimas da violência realizaram um ato na escadinha da Estação das Docas, em Belém, neste domingo pela manhã. A mobilização denominada "Amor sim, morte não" reuniu cerca de 30 pessoas que relataram histórias de dor e de luta por justiça pelas vítimas de feminicídio.

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Nazareno Lobato, coordenador do Movimento pela Vida (MOVIDA), disse que hoje muitos familiares se sentem cansados e adoecidos por conta da morosidade nos processos. "Os processos ficam parados esperando o bandido se apresentar e ele não vai se apresentar. Então, a justiça é responsável por isso. A gente fica dando murro em ponta de faca e continuamos chorando a morte dos nossos familiares", lamentou.

Indignado, Nazareno Lobato se disse triste também por perceber que a falta de punição para os criminosos tem feito familiares se afastarem do movimento ou sofrerem de males relacionados à saúde mental. “Eu estou de cansado de lutar pior do que uma formiga porque a formiga carrega e come, a gente não carrega nada, só cruz”.

Para Cristiane Fernandes, mãe de Thais Cristina Fernandes, assassinada em dezembro de 2019 aos 27 anos por asfixia mecânica do ex-companheiro, o movimento é necessário para unir forças por justiça. "Estar no movimento foi o que nos deu sustento melhor, nos dá força para lutar pelo direito das mulheres", pontuou.

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