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Dia da Cruz Vermelha: conheça a instituição voluntária que ameniza o sofrimento humano

A instituição está no Pará há 44 anos, onde realiza ações ao longo do ano, com destaque no Círio de Nazaré

Dilson Pimentel
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O Dia Internacional da Cruz Vermelha é celebrado nesta quinta-feira (8). Presente em 192 países, a instituição está no Pará há 44 anos. No Estado, tem oito mil voluntários cadastrados e realiza várias ações ao longo do ano, com destaque no Círio de Nazaré. No Círio, a Cruz Vermelha mobiliza 14 mil voluntários. “A função da Cruz Vermelha é amenizar o sofrimento humano”, diz o presidente da Cruz Vermelha Brasileira, filial Pará, Isaias Oscar Skeete Junior. “A Cruz Vermelha é a maior instituição humanitária do mundo”, afirmou.

A Cruz Vermelha é gerida pela Convenção de Genebra e seu estatuto é assinado pelo presidente da República, por meio de um decreto lei. Skeete Júnior também falou sobre as principais ações da Cruz Vermelha no Pará. “Nós fazemos trabalhos humanitários, não é só o trabalho de atendimento. A Cruz Vermelha fornece cursos de primeiros-socorros para a Lei Lucas nas escolas dando certificado para a instituição de ensino que nos procura. Cursos de primeiros socorros que a gente faz nas comunidades, e nós fazemos ações humanitárias nas comunidades carentes também aqui do Estado do Pará”, explicou. A “Lei Lucas” obriga escolas públicas, privadas e espaços de recreação infantil a se prepararem para atendimentos de primeiros-socorros

No dia 13 deste mês a Cruz Vermelha fará uma ação na ilha do Combu. "A gente leva médicos, enfermeiros, vacina, teste rápido, departamento jurídico, atendimento odontológico, para fazer a limpeza nos dentes das crianças, ensinar a escovação. A função da Cruz Vermelha é exatamente essa: atender a população que precisa”, disse.

No Pará há mais de 8 mil voluntários cadastrados efetivos. Só que, no Círio, é feita uma inscrição para voluntários temporários. “Quando acaba o Círio, eles são desligados da instituição”, explicou. “No Círio nós trabalhamos com 14 mil voluntários. O Círio, para a Cruz Vermelha, é um projeto.  Não é só trasladação e o Círio. Tem a acolhida dos romeiros que vem andando até Belém. A gente trabalha em todas as procissões”, afirmou.

Só no domingo, dia da grande procissão, são atendidas mais de mil pessoas nos postos da Cruz Vermelha. “Esses são os atendimentos que são registrados, que entraram no posto. Fora as pessoas que a gente chega na rua lá, atende, a pessoa melhora e vai continuar a procissão”, explicou. A participação da Cruz Vermelha no Círio é, portanto, fundamental. “Acho que a retirada da Cruz Vermelha num evento desse aí ninguém mais no Estado teria suporte para fazer essa atividade como a Cruz Vermelha faz. Só no Círio e na Trasladação, nós montamos 24 postos de atendimento. Todos esses postos com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, advogados, farmacêuticos”, disse.

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image Presidente da Cruz Vermelha Brasileira, filial Pará, Isaias Oscar Skeete Junior (Foto: Thiago Gomes/O Liberal)

Como ser voluntário

Ele explicou que, para ser voluntário da Cruz Vermelha, basta querer e ter boa vontade de ajudar o povo. "Nós temos o nosso Instagram (cruzvermelhabrasileira_pa). E, lá, a gente abre as inscrições num link de inscrição. A pessoa faz essa inscrição lá no link, e o nosso curso dura duas semanas. A primeira semana é formação básica institucional para entender o que é a Cruz Vermelha. Há pessoas que falam que a Cruz Vermelha é uma ONG, outras que a Cruz Vermelha é um grupo. Então, é para entender o que é a instituição Cruz Vermelha. A segunda semana é primeiros socorros básicos. Todos os voluntários da Cruz Vermelha são socorristas", afirmou Skeete Júnior.

Ele afirmou que, sem o voluntário, não existiria a Cruz Vermelha. "O nosso maior corpo da instituição são os voluntários. Nós temos um departamento específico para eles, que é o departamento de voluntariado. Então, todo mundo, todas as pessoas que fazem parte da Cruz Vermelha fazem parte desse departamento. Então, sem a Cruz Vermelha, a Cruz Vermelha não conseguia fazer o trabalho", afirmou.

Ele afirmou que a Cruz Vermelha é mantida por meio dos cursos que realiza. "A gente faz os cursos. Algumas atividades que a Cruz Vermelha participa. Por exemplo, algumas corridas que participam, as pessoas pagam pelo trabalho da Cruz Vermelha. Até porque toda atividade que vai voluntário da Cruz Vermelha, a Cruz Vermelha tem que fazer um seguro de vida dessas pessoas. Não pode ir para as atividades sem seguro de vida. Então a gente tem custos. As pessoas falam assim: 'mas como a Cruz Vermelha vai cobrar para fazer um evento?' A gente tem que pagar água, tem que pagar luz, tem que pagar internet, tem que pagar tudo", explicou.

7 princípios da Cruz Vermelha

Skeete Júnior também falou sobre os sete princípios da Cruz: humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, voluntariado, unidade e universalidade. "É o que move a instituição. São os sete princípios fundamentais. Humanidade, a unidade, nossa neutralidade. Por que as pessoas veem que a Cruz Vermelha consegue entrar em todos os lugares? Porque nós somos neutros, imparciais. Então a gente não está para defender A ou B. A gente está para fazer o atendimento dessas pessoas. Então tem lugares que o poder público não consegue entrar e a Cruz Vermelha consegue entrar por causa da sua neutralidade. Não importa qual é o problema, o que está acontecendo, quem está certo e quem está errado, para a Cruz Vermelha o que vale é a vida humana", afirmou.

Ele afirmou que, nos outros estados, para ser voluntário da Cruz Vermelha, basta você fazer o Curso Básico de Formação Institucional (CBFI). "Aqui, no nosso estado, a gente tem que fazer o CBFI e, também, os primeiros-socorros. Por que? Porque nós temos uma atividade de grande monta. Nós temos atividades massivas, como o Ciro de Nazaré. Então todos os voluntários têm que saber fazer o primeiro atendimento. Então a nossa particularidade aqui na Cruz Vermelha é essa. Nós temos um departamento, que é um departamento de eventos massivos. Ele trabalha com todos os tipos de eventos massivos, manifestações, esportivos, religiosos. Então esse departamento que cuida de toda a infraestrutura, junto com o GRD, que é um departamento de pronto emprego, que estão entre os riscos e desastres da Cruz Vermelha, que montam a estrutura das atividades".

Mensagem para a população

Aproveitando o Dia Internacional da Cruz Vermelha, ele também deixou uma mensagem para a população. "Primeiro agradecer aos nossos voluntários. Sem os voluntários, a Cruz Vermelha não seria nada. É o nosso corpo de voluntários que faz esse trabalho humanitário, junto à população, se dispõe do seu tempo, o que a gente tem de mais importante na vida é o tempo, e esses voluntários se dispõem a ajudar a população que precisa. E a gente sabe o reconhecimento que a Cruz Vermelha tem no estado do Pará", disse. "Tem pessoas que falam que a Cruz Vermelha só trabalha no Círio. Muito pelo contrário. A gente trabalha em vários lugares. Temos cinco polos de atendimento nos municípios aqui no estado: Bragança, Castanhal, Viseu, Soure e em São Miguel do Guamá. Então a gente tenta fazer mais polos para a gente ter mais pessoas fazendo esse atendimento". Em Soure, no Marajó, por exemplo, não tem unidade do Corpo de Bombeiros. "Então o primeiro atendimento que faz é o pessoal da Cruz Vermelha, os voluntários que estão lá. E, depoism os bombeiros chegam de Salvaterra para poder fazer esse atendimento. Então a Cruz Vermelha, como auxiliar do poder público, é muito importante para fazer a atendimento da população", afirmou.

 

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