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Covid-19: 700 pessoas com imunossupressão tomaram a quarta dose em Belém; saiba os critérios

A vacinação está disponível desde o dia 1º de fevereiro e é preciso de laudo médico que comprove o quadro de imunossupressão

Emanuele Corrêa
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Belém continua vacinando adultos e crianças em várias etapas do esquema vacinal anticovid. Quem tem acima de 18 anos e é uma pessoa imunocomprometida, ou seja, tem o sistema imunológico enfraquecido e já tomou há 4 meses a terceira dose, pode procurar um dos pontos de vacinação e tomar a quarta dose. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) de 1º a 13 de fevereiro, 701 imunossuprimidos tomaram a quarta dose da vacina.

Ainda segundo dados da Sesma, desde o início da campanha, 8.349 pessoas com imunossupressão tomaram a primeira dose, 7.625 receberam a segunda e 1.045 tomaram a terceira dose, portanto, estão aptas à quarta dose da vacina.

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O médico infectologista Lourival Marsola reforça a necessidade de priorizar a vacinação das duas doses completas das crianças, que estão no último público a ter autorização para a imunização. Mas destaca que os grupos prioritários devem receber doses de reforço, para manter os anticorpos. Pede compreensão da população para cumprir com o esquema vacinal das duas doses. Para posteriormente seguir para as doses de reforço.

"Precisamos entender que a prioridade em relação a vacinação contra a covid é voltar esforços, estratégias para completar o esquema básico de 2 doses. O País como um todo não atingiu 80% da população total vacinada com 2 doses. As crianças como faixa etária mais atrasada em relação a vacinação. Esta deve ser a prioridade de todos no país, completar a 2ª dose. Agora, quando falamos de 4ª dose, vem a pergunta: 'quem não completou o esquema? E a população prioritária de idosos e imunossuprimidos que também não completaram a 3ª dose? Então, como profissional visualizo que sim, precisamos discutir a 4ª dose. Porém, sem dúvidas esta não deveria ser nossa prioridade. Em minha opinião, prioridade número um seria completar vacinação das crianças elegíveis a serem vacinadas, e depois avançarmos para a 3ª dose", criticou o infectologista.

Apesar de reforçar a necessidade da ampla vacinação da população com as duas doses, Lourival destaca que a estratégia adotada de em paralelo aos demais esquemas vacinais - de primeira, segunda e terceira dose acontecendo simultaneamente e por livre demanda na capital - a quarta dose aos imunocomprometidos acontece devido a queda mais rápida dos anticorpos, devido ao sistema imunológico estar fragilizado neste público.

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"A 4ª dose é a mesma dose utilizada na 1ª vez. A diferença é que você está estimulando o sistema para manter níveis de anticorpos altos. O que acontece é que no corpo dos imunossuprimidos os níveis de anticorpos caem mais rápido. Tanto é, que quando passar todo esse conhecimento de vacina, a vacinação dos imunossuprimidos deve ser com doses de reforço. Essa revacinação, é uma revacinação dos grupos prioritários, porque sabemos que a partir dos 4 meses os anticorpos dos indivíduos caem. Alguns países estão adotando essa estratégia e o Brasil está acompanhando a tendência", concluiu o especialista.

As pessoas que tomaram a terceira dose há quatro meses e estão no grupo apto a tomar a quarta dose devem apresentar: CPF, RG, Comprovante de residência e cartão de vacinação. Além dos documentos citados devem uma cópia do laudo, atestado ou receita médica que comprove alto grau de imunossupressão e que será retido no ponto de vacinação.

Saiba quais os critérios para a quarta dose:

  • Imunodeficiência primária grave;
  • Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
  • Pacientes em hemodiálise;
  • Quimioterapia para câncer (apenas aqueles que estão atualmente realizando quimioterapia);
  • Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras;
  • Pessoas em uso de corticóides em doses ≥20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por ≥14 dias;
  • Pessoas em uso de, pelo menos uma, das seguintes drogas modificadoras da resposta imune: Metotrexato, Leflunomida, Micofenolato de mofetila, Azatioprina, Ciclofosfamida, Ciclosporina, Tacrolimus, 6-mercaptopurina ou biológicos em geral (infliximabe, etanercept, humira, adalimumabe, tocilizumabe, Canakinumabe, golimumabe, certolizumabe, abatacepte, Secukinumabe, ustekinumabe), Inibidores da JAK (Tofacitinibe, baracitinibe e Upadacitinibe).
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