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Ceratocone: Hospital Bettina Ferro faz mutirão de atendimentos; entenda o que é a doença

A ação será em alusão ao Junho Violeta, no dia 25 deste mês, das 8h às 12h. Foco é conscientizar sobre os perigos da doença e oferecer avaliação médica

Camila Azevedo
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A campanha Junho Violeta é considerada essencial para alertar sobre os perigos do ceratocone. Pensando nisso, o Hospital Universitário Bettina Ferro, localizado dentro da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, fará uma ação de palestras e atendimentos para pacientes que possuem o distúrbio no próximo sábado (25), das 8h às 12h. A demanda será espontânea. O mutirão tem como objetivo enfrentar o ceratocone e conscientizar as pessoas. 

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Cerca de 150 mil pessoas são atingidas por ano com a doença no Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde. O ceratocone possui caráter genético raro, hereditário e com evolução lenta. Não é inflamatório e atinge a estrutura que cobre a frente do globo ocular. A principal característica é a redução progressiva da espessura da parte central da córnea, que é empurrada para fora e forma uma saliência com formato próximo a um cone. O distúrbio pode atingir os dois olhos de maneira assimétrica, afetando um mais que o outro. As causas da doença ainda não são conhecidas. 

Os sintomas mais comuns variam entre a perda progressiva da visão, se tornando borrada e distorcida, a sensibilidade à luz (fotofobia), visão dupla, coceira ocular, comprometimento da visão noturna e formação de múltiplas imagens de um mesmo objeto ou de halos ao redor de fontes de iluminação. 

O ceratocone não tem cura. Raissa Casseb, oftalmologista chefe da Unidade da Visão do Bettina Ferro, explica que a prevenção indicada é evitar coçar os olhos e fazer acompanhamento anual com um oftalmologista. “A doença diminui a acuidade visual nos pacientes, que dependendo da gravidade, pode impedir de executar tarefas simples, como: andar na rua, dirigir, assistir aula ou praticar esportes”, destaca a médica. 

A faixa etária mais atingida vai dos 10 aos 25 anos, mas os primeiros indícios podem surgir e progredir até a quarta década, com chance, ou não, de estabilização. Foi justamente aos 19 anos que Matheus Monteiro descobriu a doença ao fazer um exame periódico na visão. Atualmente aos 26, o jornalista conta que tem ceratocone nos dois olhos, mas a situação piorou no lado direito. “Minha córnea já estava ficando em formato de cone e precisei fazer uma cirurgia, o crosslinking, que é a raspagem da córnea. De seis em seis meses tenho que fazer exame para saber se está controlada. Convivo com a doença há nove anos”, explica. 

Tratamento

O uso de óculos pode ser suficiente nas fases iniciais da doença, quando a deformação da córnea não se agravou. Porém, à medida que o ceratocone evolui, os óculos podem precisar ser substituídos por lentes de contato para ajustar a superfície da estrutura atingida e corrigir o astigmatismo provocado. 

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Os chamados anéis intracorneais ou intraestromais também podem ser uma opção para regularizar a estrutura da córnea, quando lentes e óculos não dão o resultado esperado. 

O ceratocone é uma frequente causa de transplante de córnea, mas a intervenção só é indicada no caso de o paciente deixar de responder às outras formas de tratamento. 

Serviço

O Hospital Universitário Bettina Ferro oferecerá avaliação médica multidisciplinar para identificar a necessidade de procedimentos cirúrgicos envolvendo o ceratocone. 

Já para os pacientes com indicação cirúrgica, o local irá realizar exames cardiológicos e anestésicos.

Para ser atendido, é preciso que o usuário diagnosticado com ceratocone apresente cópias dos documentos pessoais (RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência), além dos exames referentes à doença.

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