Belém terá encontro inédito para debater clima, ancestralidade e participação social
1' Encontro Presencial Plantaformas ocorre neste sábado e domingo, 1 e 2 de abril, na Escola Bosque, em Outeiro
Neste fim de semana, a ilha de Caratateura, no distrito de Outeiro, recebe o '1' Encontro Presencial Plantaformas: Ancestralidade, Clima e Participação Social' - uma iniciativa do coletivo Casa Preta Amazônia, com apoio da Fundação Escola Bosque (Funbosque-PA) e outros parceiros, reservando o dia para a realização de 10 oficinas com temáticas sobre participação social, jornalismo de dados, cultura digital, meio ambiente, entre outros. O evento ocorre no sábado, 1º, e no domingo, 2, das 9h às 18h, na Escola Bosque.
A conferência foi elaborada para lançar a plataforma plantaformas.org, conforme explica um dos membros e fundadores do Casa Preta Amazônia, Anderson de Sousa, conhecido como 'Don Perna', natural de Campinas (SP), que veio ao Pará para trabalhar com inclusão digital através de um programa do Ministério da Comunicação. Em parceria com outros colaboradores, ele fundou a Casa Preta Amazônia, que já tem 14 anos de existência e funciona como um espaço colaborativo.
"A Plantaforma é uma plataforma de participação sociail - 'planta', porque é um projeto voltado para o protagonismo da Amazônia, que gera também a dualidade de 'plantar formas' de ver o mundo, a partir de uma perspectiva ancestral. A gente tem dito que a ancestralidade é a tecnologia mais promissora que os povos indígenas e africanos utilizaram para se manterem vivos até aqui. A colonização que fez a cultura ancestral ser invisibilizada. É com esse olhar que a gente pretende discutir o que é importante para manter a Amazônia em pé", explica.
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Há cinco anos morando na ilha de Caratateua, Don diz que o coletivo sempre teve a perspectiva de trabalhar com a cultura digital, mas a partir do olhar ancestral: "para poder colocar nossas pautas na rua, como o combate ao racismo. A gente também tem percebido que a dicussão sobre o clima também impacta sobre o racismo: quando as pessoas são obrigadas a saírem dos seus lares e irem morar no gueto devido à exploração dos espaços para as grandes construções, por exemplo. Então a pauta do combate ao racismo é muito ampla e a gente utiliza de tecnologias para fazer com que a ancestralidade esteja sendo guia para este debate".
Qualquer pessoa interessada pode participar do Encontro, bastando realizar a inscrição, gratuita, no site plantaformas.Algumas das oficinas a serem realizadas no evento serão sobre: 'Movimento Autogestionários de Juventudes na Amazônia'; 'Ancestralidade e Clima : Qual é futuro que queremos?' e 'Ecossistemas da Participação Social na Amazônia'. Haverá também rodas de conversa com falas importantes advindas de vivências de terreiro, quilombolas e de comunidades e organizações com experiência em autogestão dentro do território amazônico.
Confira mais detalhes sobre os palestrantes e convidados aqui.
1º Encontro Plantaforma
Data: 1º e 2 de abril
Hora: de 9h às 18h
Local: Sede da Funbosque, Av. Nossa Sra. da Conceição - São João do Outeiro, Outeiro.
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