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Com Mariana Azevedo e Wellyda Farias

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Feirante Deise Santos reclama dos atrasos nas obras de restauração de mercados do Guamá

Denúncia afirma que reformas estão paradas, causando prejuízos ao comércio e incômodo aos feirantes 

O Liberal

O atraso nas obras de restauração do Mercado de Farinha e do Mercado Municipal do Guamá, ambos localizados entre a avenida José Bonifácio e rua Barão de Igarapé Miri, do bairro do Guamá, em Belém, está prejudicando o comércio da região e causando prejuízos aos feirantes da área. Segundo informações da feirante Deise Santos, a comunidade de trabalhadores da feira também não tem previsão do poder público sobre quando as reformas serão concluídas.

As reformas do Mercado de Farinha do Guamá foram iniciadas no mês de junho do ano passado. A placa de aviso mostra que o prazo era de oito meses. Entretanto, a obra segue parada há meses. Para não serem prejudicados com as reformas, os trabalhadores e comerciantes foram alocados nas calçadas. Eles afirmam que os pontos improvisados são prejudiciais para a venda e para a rotina dos comerciantes

image Feirante Deise Santos (Reprodução)

"Eles (Prefeitura de Belém) fizeram uma reunião, na quinta-feira passada, com a gente. Falaram que as obras irão retornar depois do dia 12 de outubro. Só depois do Círio. Enquanto isso, ficamos aqui esperando a decisão deles. No dia 7 de novembro vai fazer um ano que estamos aqui nesses pontos improvisados", acrescenta Deise.

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A feirante conta que as barracas montadas para comunidade da feira causam incômodo e prejuízos. "Essas barracas só pioram durante esse clima de calor. Nos espaços entre esses pontos, está cheio de água com forte odor. A gente tem um espaço pequeno para realizar nossos trabalhos. Ficou apertado. A gente precisa voltar aos nossos pontos e queremos que os órgãos responsáveis façam essa obra acontecer. Falar todo mundo fala que isso vai acabar, mas queremos atitude. Queremos ação!", cobra Deise. 

Já os comerciantes do Mercado Municipal estão em pontos improvisados que pegam parte da via principal. Eles alegam que o local é insalubre. A área, com pouco espaço para a realização de vendas, afasta possíveis clientes. "Nós estamos aqui nesse local faz anos. A gente não tem uma previsão de quando essa obra do mercado vai ser entregue. A placa apresenta uma data, mas na realidade ninguém sabe quando isso vai acontecer", diz o comerciante Agnaldo Costa.

Agnaldo acrescenta que não há movimentação de equipes no local. "A obra está aí, mas os trabalhadores foram para outros lugares", disse. A reportagem conferiu se as obras estavam em andamento e observou que há apenas blocos de tijolos no local, sem qualquer movimentação de operários das reformas. 

image Obra na Feira do Guamá (Reprodução)

Um dos feirantes que trabalham no local afirmou que as obras serão concluídas e que o Mercado da Farinha será entregue no mês de dezembro, ainda este ano. Entretanto, há outros comerciantes e compradores que discordam dessa previsão. "Isso não vai sair nunca. Falam no mês de dezembro, mas será de qual ano? Esse é o problema. Aqui não temos ações eficientes do órgão municipal. Isso prejudicou o trânsito e está tudo pior", pondera o pedreiro José Maranhão.

José é natural do estado do Maranhão e veio morar em Belém. Ele lamenta a falta de conclusão da obra pública e afirma que a capital virou uma cidade sem lei. "O trânsito daqui piorou. Está tudo pior, porque aqui não tem lei. Infelizmente, a gente não vê uma boa política pública nessa região", conta. 

A redação de O Liberal acionou a Secretaria Municipal de Economia (Secon) para pedir informações de providências relacionadas às reclamações dos feirantes que atuam no Mercado Municipal do Guamá e no Mercado de Farinha do Guamá. 

Em nota, enviada na última quinta-feira (28), a Secon se pronunciou apenas sobre  o Mercado de Farinha do Guamá. A secretaria diz que o espaço "passou pelo processo de remanejamento para a feira provisória", ainda em janeiro de 2023. A Secon também informou que "ocorreu atraso na primeira etapa, nas intervenções na fundação e estrutura da edificação". E acrescentou ainda que, para a segunda etapa da obra, "serão implementados turnos extras" para aceleração do cronograma. 

"A previsão de entrega do mercado é para dezembro de 2023. A Secon ressalta, ainda, que a reforma do Mercado de Farinha do Guamá está sendo acompanhada pela Comissão de Fiscalização (Cofis), escolhida e formada pelos próprios trabalhadores - de todos os setores - do espaço", detalhou o órgão.

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