Autônomo Luiz Antônio Torres De Andrade denúncia árvore com as raízes cedendo, no bairro do Marco
Quem passa pelo local pode perceber facilmente o estrago causado pelas raízes do vegetal
Em uma das vias mais movimentadas de Belém, a avenida Almirante Barroso, um problema urbano tem gerado preocupação diária para pedestres, trabalhadores e estudantes que circulam pela região. Em frente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), na esquina com a travessa Timbó, no bairro do Marco, uma árvore apresenta raízes cedendo e expostas, comprometendo a calçada e levantando alertas sobre riscos à segurança de quem passa pelo local.
Segundo o autônomo Luiz Antônio Torres de Andrade, que trabalha na área, a situação já se arrasta há pelo menos três anos, sem que nenhuma intervenção efetiva tenha sido realizada pelo poder público. Ele relata que o problema afeta diretamente a mobilidade urbana, principalmente de pessoas com deficiência, idosos e estudantes que utilizam a calçada diariamente para acessar o IFPA e outros estabelecimentos próximos.
Quem passa pelo local pode perceber facilmente o estrago causado pelas raízes do vegetal, que levantaram e danificaram parte da calçada, criando desníveis e obstáculos. “Eu, que tenho um pouco de deficiência visual, e outras pessoas que passam aqui sentem essa dificuldade. Acho que nunca chegou ao conhecimento deles (Prefeitura) e até agora não vieram resolver. Espero que venham antes que aconteça o pior”, desabafa Luiz Antônio.
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De acordo com o denunciante, além do risco de quedas, há também o temor de que a árvore possa tombar, seja sobre a calçada ou mesmo na própria avenida Almirante Barroso, uma das principais artérias de trânsito da capital paraense, com intenso fluxo de veículos, ônibus e motocicletas ao longo de todo o dia. Um incidente desse tipo poderia provocar acidentes graves, colocar vidas em risco e causar transtornos ainda maiores ao tráfego da região.
A preocupação aumenta com a chegada do inverno amazônico, período caracterizado por chuvas intensas e ventos fortes. Nessas condições climáticas, árvores com raízes expostas ou comprometidas tendem a ficar ainda mais vulneráveis, elevando o risco de queda.
A situação também levanta questionamentos sobre a manutenção da arborização urbana e a necessidade de monitoramento preventivo por parte dos órgãos responsáveis. Especialistas alertam que árvores em áreas urbanas precisam de acompanhamento técnico constante para garantir que não se tornem uma ameaça à população, especialmente em locais de grande circulação de pessoas.
“O grande problema das árvores em áreas urbanas está na espécie escolhida. É comum no Brasil as cidades estarem repletas de árvores inapropriadas para as áreas urbanas. Os cuidados devem ser redobrados. Algumas espécies, com o ficus benjamina, têm sua remoção aconselhada. Já mangueiras e outras espécies devem passar por podas contente e acompanhamento para prevenção de brocas, cupins e outras patologias”, explica o engenheiro agrônomo Emanuel Bonfim Franca.
A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) para obter esclarecimentos sobre possíveis vistorias no local e medidas previstas para solucionar o problema. Até o fechamento desta edição, no entanto, não houve retorno por parte do órgão.
Moradores e frequentadores da região esperam que a situação seja avaliada com urgência, a fim de evitar acidentes e garantir a segurança de quem utiliza diariamente a calçada e a via. Enquanto isso, o risco permanece, exposto a céu aberto, no coração de uma das avenidas mais importantes da capital paraense.
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