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Veja quem são Gilmar Santos e Arilton Moura, alvos da operação da PF que prendeu Milton Ribeiro

Os dois teriam atuado informalmente em nome do MEC para liberação de recursos do FNDE

O Liberal

Além do ex-ministro Milton Ribeiro, a operação da Polícia Federal que investiga a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tem como alvo os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. O primeiro é líder do Ministério Cristo para Todos, um ramo da Assembleia de Deus, com sede em Goiânia. Já Moura é braço direito de Santos e atua como assessor de Assuntos Políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros de Assembleias de Deus no Brasil Cristo para Todos. As informações são do Estadão.

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Mesmo sem ocupar cargos na máquina pública, eles teriam acesso privilegiado ao governo do presidente Jair Bolsonaro, atuando informalmente em nome do Ministério da Educação, durante a gestão de Ribeiro.

Gilmar

Comparada com outros ramos da Assembleia de Deus de atuação nacional, o Ministério Cristo para Todos é considerado de pequeno porte. A igreja de Gilmar Santos está presente em cinco estados: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ele é pastor há mais de 40 anos e preside a Convenção Nacional de Igrejas e Ministros de Assembleias de Deus no Brasil Cristo para Todos.

Se notabilizou por pregar em diversas igrejas, para além do meio “assembleiano”.

Arilton

No ano de 2018, Arilton Moura ocupou o cargo de secretário extraordinário para Integração de Ações Comunitárias, no governo Simão Jatene, no Pará. Ele ficou menos de um ano no cargo - a nomeação foi no dia 30 de março e a exoneração no dia 1º de novembro daquele ano, conforme consta no Diário Oficial do Estado.

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Em março deste ano, o prefeito de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB) denunciou Moura, afirmando que o pastor pediu pagamentos em dinheiro e até em ouro em troca da liberação de recursos para escolas e creches. Segundo o prefeito, o pastor solicitou R$ 15 mil antecipados para protocolar demandas da prefeitura e mais um quilo de ouro após a liberação dos recursos.

Acesso ao Governo

De acordo com o Estadão, apesar da amizade pública e do acesso diferenciado ao ministro Milton Ribeiro, o vínculo da dupla com o governo Bolsonaro é anterior à chegada de Ribeiro à pasta da educação. Quem abriu as portas do governo ao dois foi o deputado João Campos (Republicanos-GO), pastor da Assembleia de Deus Ministério Vila Nova, ligado à convenção de Madureira, conforme informações de integrantes da bancada evangélica.

Uma reportagem do Estadão divulgada em março mostrou que os encontros no MEC entre os dois pastores e prefeitos resultaram em pagamentos e empenhos (reserva de valores) de R$ 9,7 milhões dias ou semanas após promoverem as agendas. Ao menos 10 prefeitos confirmaram ter sido abordados pelos pastores, inclusive com relatos de pedido de propina em ouro.

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