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Presidente da Câmara de SP fala de CPI e nega perseguição a padre Júlio Lancellotti

Comissão vai investigar ONGs que fazem trabalho social na região da Cracolândia, especialmente o Padre Júlio Lancelotti: 'investigação como outra qualquer', diz vereador Milton Leite

O Liberal
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O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil-SP), informou em entrevista ao blog da Andreia Sadi, do G1 Nacional, que aguardar o retorno do recesso em fevereiro para se reunir com o Colégio de Líderes da casa e discutir se haverá o prosseguimento da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ONGs que fazem trabalho social na região da Cracolândia. A proposta de criação da CPI foi apresentada pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil-SP). Entre os possíveis investigados pelo colegiado, está o Padre Júlio Lancellotti, que também realiza atividades na região.

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Para Milton Leite, não existe perseguição contra Lancellotti na proposta de criação da CPI. Ele afirma que “não há viés político” na medida. “Se há fatos, não importa quem seja investigado. A investigação é como outra qualquer”, argumentou.

Em entrevista à GloboNews, o autor da proposta também negou viés político e classificou como “máfia da miséria” o trabalho feito por instituições na região da Cracolândia. “Por mais que o [padre] Júlio não atue formalmente no quadro de ONGs, há indícios de sua ligação. Isso também pode e será averiguado”, declarou. 

O pedido de abertura de CPI já obteve 25 assinaturas, segundo Rubinho Nunes - eram necessárias 19 assinaturas.

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“Quem está do lado dos indesejados vai ser indesejado. Criminalizar algumas pessoas sempre é uma forma de não enfrentar o problema”, declarou o padre Júlio Lancellotti, rebatendo as críticas sobre seu trabalho na região da Cracolândia. Para ele, esse movimento "tira o foco" da questão que precisa ser enfrentada, sobre "como lidar com a dependência química, com as cenas de uso, com essa questão que é tão grave no Centro de São Paulo e de outras cidades então. Então, essa criminalização de algumas pessoas, movimentos ou de algumas entidades é uma forma de não enfrentar com clareza e com profundidade a questão que está em foco”, disse. 

Em nota, a arquidiocese de São Paulo também se manifestou sobre o pedido de abertura de CPI. "Acompanhamos com perplexidade as recentes notícias veiculadas pela imprensa sobre a possível abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que coloca em dúvida a conduta do Padre Júlio Lancellotti no serviço pastoral à população em situação de rua. Perguntamo-nos por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?", questiona. 

"Padre Júlio não é parlamentar. Ele é o Vigário Episcopal da Arquidiocese de São Paulo “para o Povo da Rua” e exerce o importante trabalho de coordenação, articulação e animação dos vários serviços pastorais voltados ao atendimento, acolhida e cuidado das pessoas em situação de rua na cidade. Reiteramos a importância do trabalho da Igreja junto aos mais pobres da sociedade", completou. 

O padre Júlio Lancellotti também se manifestou sobre a abertura da CPI. Veja: 

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