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Polícia descarta motivação política em morte de militante do PT

Segundo a polícia, o atirador teria se sentido ofendido após uma série de discussões entre ele e o tesoureiro

Carolina Mota
fonte

A Polícia Civil do Paraná concluiu que não houve motivação política no assassinato do tesoureiro e militante do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e causar perigo comum, de acordo com a delegada Camila Cecconello.

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Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi assassinado na própria festa de aniversário. O autor dos disparos foi o policial penal federal Jorge Guaranho

A delegada informou que Jorge atirou contra Marcelo por ter se sentido ofendido devido o petista ter jogado terra e pedra contra o carro dele, após provocação baseado em política, mas afirmou que a morte em si ocorreu depois de várias discussões, inclusive por xingamentos envolvendo questões pessoais.

Para Camila, seria necessário identificar um desejo de Guaranho impedir os direitos políticos de Marcelo para que, então, o crime fosse enquadrado em motivação política.

"Para você enquadrar em crime político, tem que enquadrar em alguns requisitos. É complicado a gente dizer que esse homicídio ocorreu porque o autor queria impedir os direitos políticos da vítima. Ele tinha a intenção de provocar. E a gente avalia que a escalada da discussão entre os dois fez com que o autor voltasse e praticasse o homicídio. Parece mais uma coisa que se tornou pessoal", afirmou Camila.

O crime aconteceu no sábado (9). Marcelo Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT) e o ex-presidente Lula. As informações são do G1

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Como o crime aconteceu, de acordo com a polícia

Jorge Guaranho foi até o aniversário de Arruda com o objetivo de fazer uma provocação. O policial chegou em um carro com a mulher e um bebê. O carro também tocava uma música de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Uma discussão, então, se iniciou. Testemunhas relataram que Marcelo jogou um punhado de terra no veículo de Guaranho. Depois da discussão, o policial deixou o local e retornou pouco tempo depois para cometer o crime.

A polícia concluiu que o retorno de Guaranho ao local foi por ter se sentido humilhado.

A discussão evoluiu na seguinte sequência:

  • Guaranho vai até a associação e, segundo testemunhas, coloca no carro uma música de apoio à Bolsonaro;
  • Marcelo sai do salão de festas e atira um punhado de terra contra o carro de Guaranho;
  • Os dois começam a discutir;
  • Guaranho deixa o local, e participantes da festa pedem para que o porteiro impeça a entrada dele, caso o policial volte;
  • Guaranho volta ao local, e o porteiro tenta impedi-lo;
  • O policial abre o portão sozinho;
  • Marcelo é avisado que Guaranho entrou;
  • O petista carrega a arma e coloca na cintura;
  • Guaranho estaciona o carro;
  • Marcelo pega a arma;
  • Guaranho também saca a arma de fogo;
  • Pâmela, mulher de Marcelo, tenta intervir na discussão;
  • Marcelo e Guaranho ordenam um ao outro para que abaixe a arma;
  • Guaranho atira primeiro.

Camila afirmou que Guaranho fez quatro disparos, dos quais dois atingiram Marcelo. Por outro lado, o petista atirou 10 vezes, acertando quatro tiros contra o policial.

O inquérito também aponta que Marcelo tinha se armado para se defender, sabendo do provável retorno de Guaranho.

Antes da discussão

Segundo a Polícia Civil, Guaranho estava em um churrasco, quando ficou sabendo que a festa de Marcelo estava acontecendo.

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O atirador tomou conhecimento por meio de uma outra pessoa que estava no churrasco e tinha acesso às imagens de câmera de segurança da associação onde o aniversário de Marcelo estava acontecendo. O policial penal deixou o churrasco onde estava, sem comentar com ninguém a respeito, e foi para o local onde era realizado o aniversário de Marcelo.

Agressões

A delegada Iane Cardoso informou ainda que um inquérito também foi aberto para apurar as agressões que Jorge Guaranho sofreu após atirar contra Marcelo Arruda. Três pessoas são investigadas pelo caso.

Camila Cecconello disse que a polícia também aguarda um laudo pericial para determinar a gravidade das agressões sofridas por Guaranho.

(Carolina Mota, estagiária sob supervisão da coordenadora do núcleo de política, Keila Ferreira)

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