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PEC da Blindagem: deputados pedem desculpas e dizem que voto a favor do texto foi 'erro gravíssimo'

Após forte pressão nas redes sociais, Silvye Alves (União-GO), Merlong Solano (PT-PI) e Pedro Campos (PSB-PE) se manifestaram contra a aprovação da PEC

O Liberal
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Deputados usaram suas redes sociais nesta semana para se desculpar com eleitores por votarem a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que busca proteger parlamentares de processos penais no Supremo Tribunal Federal (STF). Silvye Alves (União Brasil-GO), Merlong Solano (PT-PI) e Pedro Campos (PSB-PE) classificaram seus votos como um "erro gravíssimo" e "grave equívoco", respectivamente. A PEC foi aprovada na Câmara em dois turnos: 353 a 134 no primeiro e 344 a 133 no segundo, e agora segue para o Senado, onde deve enfrentar resistência.

A deputada Silvye Alves (União Brasil-GO) afirmou no Instagram que seu voto foi um "erro gravíssimo". Ela contou que foi "covarde" e cedeu à pressão de "pessoas influentes do Congresso" que ameaçaram retaliá-la caso votasse contra a proposta. "Eu vim aqui, humildemente, pedir desculpas aos meus eleitores. Eu cometi um erro gravíssimo na última terça-feira (16). Eu fui contra tudo que eu defendo, tudo que eu acredito", disse a deputada.

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'Grave equívoco', diz deputado do PT

Merlong Solano (PT-PI) também usou as redes sociais para se justificar e se desculpar pelo seu voto, chamando sua posição de "grave equívoco". Em uma nota, o petista pediu perdão ao povo do Piauí e ao Partido dos Trabalhadores. Ele explicou que seu voto foi uma tentativa de "preservar o diálogo" entre o PT e a presidência da Câmara, na esperança de viabilizar a votação de pautas importantes, como a isenção do Imposto de Renda e a taxação de casas de apostas.

No entanto, Merlong Solano reconheceu que "esse esforço não surtiu efeito. O acordo político foi rompido e a votação da PEC ocorreu sob sérias irregularidades, incluindo a reintrodução do voto secreto no texto". Após a aprovação da PEC, ele assinou um mandado de segurança ao STF para anular a votação.

Irmão do prefeito do Recife também se manifesta

O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) publicou um vídeo para explicar seu voto favorável, após ser pressionado por eleitores nas redes sociais. Ele disse que o objetivo era impedir o boicote a pautas importantes para o governo, mas reconheceu que a estratégia "não representou a escolha 'do melhor caminho'".

"A PEC passou do jeito que nós não queríamos, inclusive com a manobra para voltar o voto secreto que nós já tínhamos derrubado em votação", declarou Pedro Campos, lamentando que "saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia". O deputado afirmou que também assina o mandado de segurança ao STF para anular a votação.

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