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Fim do inverno amazônico deve acelerar obras de urbanismo e habitação em Belém

Além dos benefícios para a cidade, a previsão das secretarias é que período gere emprego e novas frentes de trabalho

Camila Azevedo

A finalização da reforma do Palácio Antônio Lemos, do Restaurante Popular e do Complexo do Jurunas, além de obras de habitação, estão entre os serviços previstos para serem entregues em Belém até dezembro de 2023. A estimativa é da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) e da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab). Isso porque o fim do inverno amazônico, que vai de novembro de um ano a maio do outro, deve fazer com que uma série de empreendimentos sejam concluídos e acelerados na capital. No total, cerca de R$ 240 milhões estão sendo destinados em ações pela cidade, que envolvem reurbanização e mobilidade, outros R$ 150 milhões são para a modernização da iluminação dos espaços públicos e R$ 52 milhões em projetos de construção de casas.

O planejamento de cada obra conta com um espaço de tempo definido para estar adequado ao ritmo das chuvas durante o período em que elas são mais intensas na capital. O chamado ‘respiro’ é fundamental para que cada serviço seja realizado com os devidos cuidados e atenções, prevendo uma diminuição do ritmo durante o inverno - uma vez que em atividades de saneamento, por exemplo, com drenagens, o acúmulo de água não ajuda. Prova disso é o que ocorre com a reurbanização da avenida Augusto Montenegro, no trecho que vai do Mangueirão até Icoaraci: de acordo com a Seurb, de 12% a 15% são feitos nos meses em que as precipitações não são tão frequentes. Já nos momentos mais intensos de temporais, o andamento é de 5%.

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Fonte dos investimentos

O titular da Seurb destaca que existem, atualmente, três fontes envolvidas nas obras de engenharia, mobilidade, manutenção e recuperação que estão sendo feitas em Belém. De um total de R$ 240 milhões destinados, quase R$ 100 milhões já foram utilizados. “A operação de crédito, que são os empréstimos, foram aprovados pela câmara municipal e parte dele está sendo investido nas obras. Nós temos uma outra fonte que é o FGTS via Caixa Econômica, que é uma operação direta com o banco, e o Tesouro Municipal, que trabalha nas contrapartidas desses empréstimos e operações. Também, temos parcerias e convênios com o governo do estado, fazendo convênio financeiro para algumas obras, como por exemplo, na Romulo Maiorana”,

Geração de emprego

Além dos benefícios que a entrega das obras trazem para a cidade, o clima mais favorável deve permitir que as empresas contratem mais. A afirmação é da Sehab, que destaca que os serviços de construção de habitação na Vila da Barca já chegaram a ganhar acréscimo notável de funcionários, junto com a abertura de mais frentes de trabalho. A pasta também está com previsão de entrega de empreendimentos antes do final do ano e conta com o fim do inverno amazônico para acelerar o ritmo. O objetivo, agora, é avançar para finalizar parte de projetos em andamento, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que reúne as obras dos conjuntos Neuton Miranda, Vila da Barca e Portal da Amazônia e deve beneficiar a população com 434 unidades de moradia.

"No período de chuvas existe uma diminuição no ritmo das obras, mas agora, nós já entramos em acordo e realinhamos com as empresas para avançar e entregar, ainda este ano, parte das obras de habitação, em especial do PAC”, ressalta Rodrigo Moraes, titular da Sehab. Segundo ele, essa conversa para rediscutir o cronograma foi feita com as construtoras. Com isso, até o final do ano, parte das moradias do Portal da Amazônia e da Vila da Barca já devem estar sendo entregues pela pasta. “Temos feito um investimento do tesouro, recursos próprios, de contrapartida e de reequilíbrio dos contratos, porque são contratos antigos, são obras que estavam paralisadas há cerca de 12, 16 anos", finaliza o secretário.

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